Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Combativo ato na Paulista

Evolução do movimento pró-Palestina e a esquerda que “está morta”

PT não comparece mais uma vez e esquerda que apoiou o golpe de Estado não mobiliza e semeia divisão. Maior bloco, liderado pelo PCO, deu o tom

Mais de 2 mil pessoas compareceram à Avenida Paulista em um novo ato contra o genocídio do povo palestino e a favor da sua luta contra o Estado sionista de Israel, liderada pelo Hamas e outros grupos.

Foi o quinto ato, desde os heroicos atos do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, em árabe) e de outros grupos, em 7 de outubro, depois de mais de 75 anos de massacres, genocídios, tortura e expulsão de milhares de palestinos e árabes de suas terras pelo regime nazista de Israel.

Mesmo convocado em cima da hora e sem uma campanha ampla de divulgação junto à população por parte da maioria dos grupos que integram o movimento, o ato reuniu imigrantes árabes e palestinos, ativistas da esquerda, trabalhadores e estudantes, que majoritariamente apoiavam a posição combativa de apoio irrestrito à luta armada do povo palestino, condenavam o Estado genocida de israel, sintetizada na principal palavra-de-ordem dos atos: “Estado de israel, Estado assassino, e viva a luta do povo palestino!“.

Salto qualitativo

Mesmo que com um público menor, o ato evidenciou uma clara evolução política ao ser realizado na semana seguinte de uma intensa campanha em que a direita (com o apoio envergonhado ou o silêncio da maioria dos setores da esquerda) procurou atacar a grande mobilização da semana passada, atacando o PCO e todos os setores combativos que se colocaram claramente na defesa da resistência armada, liderada pelo Hamas, única forma de luta real contra o regime fascista de Israel.

Nesse sentido, o fato de que o bloco vermelho, liderado pelo PCO e pelos Comitês de Luta, tenha sido – de longe – o maior do ato, o mais organizado, o mais combativo e com uma enorme unidade política das centenas de militantes da esquerda e dos mais diferentes setores de base dos movimentos de luta palestinos e árabes, incluindo companheiros iranianos, libaneses, iraquianos, sírios e outros, depois da intensa campanha da direita e dos ataques de setores da esquerda pequeno burguesa; constitui uma clara vitória do setor mais combativo e consciente do movimento que não se curvou diante das pressões da direta, inclusive, na semana em que o Mossad (serviço secreto do Estado genocida de Israel) armou toda uma provocação contra a mobilização no Brasil e contra a luta do povo palestino em geral.

Superação

Para garantir que o ato não fosse um fracasso, foi decisiva a luta política travada pelo PCO e outros setores do movimento que não capitularam diante das armações da direita, que mobilizaram efetivamente para o ato e que, no evento, passaram por cima de todas as provocação e atitudes sectárias e divisionistas dos setores da esquerda que tratam a mobilização como se fosse uma disputa por um centro acadêmico, preocupados em ocupar espaço, sem nenhum esforço real de mobilização e sem impulsionar uma política combativa diante dos ataques da direita.

Um exemplo claro disso, foi que – mais uma vez – mesmo com o bloco combativo liderado por companheiros do PCO, com apoio da APEOESP, da FNL (Frente nacional de Luta) e outros setores terem colocado à disposição do movimento um carro de som de amplo alcance (mini trio), como vêm fazendo desde os primeiros atos de rua, os “esquerdistas” pressionaram a “coordenação” do ato a não aceitar a oferta democrática e a usarem um carro menor e uma pipoqueira.

Este esquema sectário foi ultrapassado por dezenas de grupos e movimentos que se pronunciaram no carro de som do bloco vermelho, incluindo lideranças de proa do movimento palestino como Ziad Saifi, diretor do Centro de Divulgação do Islã para América Latina que, como outras lideranças, usou da tribuna democrática para denunciar a farsa do Estado terrorista de Israel e da “imprensa vendida” contra os palestinos e sua luta, como no suposto massacre da festa rave, em que procuraram acusar o Hamas (o que foi repetido por setores da esquerda) pelos assassinatos de civis que, depois, ficaram comprovados que foram cometidos pelos pelas forças de segurança de Israel.

Ualid realizou um conjunto de denúncias (que você pode conferir na transmissão da COTV) e destacou a importância de “manifestar juntos, cada um com suas posições e gritar pelas nossas necessidades do povo palestino”.

Também o xeique Hussein, iraniano, destacou a luta do povo palestino, afirmando ser “uma luta de 75 anos de martírio pelo Estado de Israel” e afirmou que “o povo palestino tem direito de resistir”   e ainda atacou a imprensa capitalista, assinalando, à COTV, que “os jornalistas precisam ficar do lado do povo não vender a sua alma por dinheiro”.

Como assinalou a companheira Anaí Caproni Pinto, do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo e da direção nacional do PCO, em sua intervenção, a “manifestação teve um caráter democrático e combativo em que todas as forças puderam expressar as mais variadas posições” (ao menos no bloco liderado pelo PCO) em uma luta unitária contra o genocídio e a favor da luta efetiva do povo palestino, de armas nas mãos, liderados pelo Hamas.

Contra essa perspectiva, o PSTU e seus satélites buscaram, até o final do ato, bloquear a passagem do bloco majoritário liderado pelo PCO em frente ao MASP em conluio com a PM, que entre outras barbaridades, tentou impedir que o carro de som ficasse sobre uma faixa de pedestres em uma via interditada pela manifestação, mostrando o caráter reacionário da política desses setores da esquerda.

Cabe destacar a impecável e importante participação no ato da combativa Bateria Zumbi dos Palmares que impulsionou os gritos de guerra em defesa da luta do povo palestino e contra o genocídio.

Quem tá morto?

Intervindo no ato, o companheiro João jorge Pimenta, da direção nacional da AJR – Aliança da Juventude Revolucionária e do PCO, que está sendo ameaçado de processo e prisão por 27 deputados bolsonaristas, voltou a defender a luta heroica do Hamas, reclamou dos companheiros da esquerda que “ainda não saíram de casa para lutar” e citou a frase do grupo que está à frente da resistência do povo palestino “Quem não luta tá morto!”, afirmando que essa é a situação, neste momento, de boa parte da esquerda que se recusa a apoiar efetivamente a resistência armada do povo palestino.

Pimenta falou da perseguição que o bolsonarismo faz contra o movimento de luta em favor do povo palestino, enfatizou que “é preciso combater o sionismo no Brasil e em todo o mundo” e, sob aplausos, defendeu o Hamas e todos os grupos que estão na luta heroica do povo palestino. 

No encerramento do ato, Antônio Carlos Silva, da coordenação dos Comitês de Luta e da direção nacional do PCO, falou da vitória política da mobilização e parabenizou a todos os participantes. Antônio Carlos destacou o crescimento da campanha dos Comitês de Luta, com milhares de cartazes, panfletos e adesivos e convocou os sindicatos, a CUT e a toda a esquerda a fazerem “como os companheiros do PCO e dos Comitês de Luta que estão convocando amplamente a mobilização, nas ruas, com cartazes, panfletos, etc.”.

Ele também parabenizou a esquerda combativa “que não tem medo de apoiar o Hamas” e que “não basta lamentar os mortos… que são mártires da luta pela emancipação não só do povo palestino e de todos os povos oprimidos” e chamou todos a apoiarem a campanha financeira, convocando que as organizações de esquerda e os sindicatos têm que de deixar de fazer apenas declarações de solidariedade e passem a uma luta ativa. Por fim, defendeu “que o governo Lula rompa com o Estado genocida de Israel”.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.