Os países imperialistas da Europa estão divididos quanto ao envio de tanques à Ucrânia para o enfrentamento contra a Rússia. Enquanto que Alemanha e França aprovaram a medida, em conjunto com os Estados Unidos, o Reino Unido não deu nenhum posicionamento no sentido de apoiar a medida.
O primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, e o presidente dos EUA, Joe Biden, acordaram em conversa na semana passada enviar um contingente de cerca de 40 veículos de combate de infantaria Marder e sistemas de defesa aérea Patriot, além de treinar tropas ucranianas em seu uso. Enquanto que a França decidiu por enviar veículos de menor porte, os blindados AMX-10 RC, para o confronto.
Por sua vez, o Reino Unido mantém-se indeciso sobre o que fazer. Isso mostra um racha nos países europeus acerca do tema do conflito entre Ucrânia e Rússia.
“Não tomamos nenhuma decisão final sobre o fornecimento de tanques neste estágio. Até que decisões sejam tomadas sobre esse tipo de coisa, não comentamos sobre especulações em relação a quais equipamentos adicionais podem ou não ser enviados”, disse o porta-voz do primeiro-ministro, Rishi Sunak, na última terça-feira (10).
O governo russo criticou a decisão de enviar armamentos à Ucrânia, afirmando que essa decisão só vai prolongar a guerra.
Esses acontecimentos recentes envolvendo a guerra entre Ucrânia x Rússia mostra que o conflito está se estendendo além das fronteiras dos países e atinge em cheio o coração do imperialismo.
Dessa forma, há uma crise instalada na Europa. Não só pelo conflito em si, mas pelo posicionamento dos governos dos principais países europeus, que, em sua grande maioria, estão refém do imperialismo norte-americano, obedecendo a tudo que é determinado pelos Estados Unidos.
Acontece que ninguém está mais prejudicado nessa história toda do que a própria Europa. Primeiro por passar por graves crises econômicas e energéticas decorrentes da sanção imposta contra a Rússia (incentivado pelos EUA). Vale lembrar que a Rússia já não fornece mais gás aos países imperialistas europeus, que agora compram mais caro com os EUA.
A crise social também avança. França e Inglaterra já passaram por grandes focos grevistas, em que os trabalhadores perceberam que a posição desses países em relação à Guerra somente prejudica a classe trabalhadora desses países, favorecendo o imperialismo da Casa Branca.
Nesse sentido, é preciso aumentar a intensidade das denúncias contra a posição imperialista em relação ao conflito. O massacre, diferente do que a propaganda imperialista mostra, não é da Rússia contra a Europa, mas do imperialismo contra todos os povos oprimidos, usando a Ucrânia como bucha de canhão numa guerra contra a Rússia de Putin.