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Retrocesso

EUA quer que o Vietnã seja a nova China

Hanói se coloca em rota de colisão com os planos capitalistas progressistas chineses

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, visitou o Vietnã de 14 a 16 de abril atendendo a um convite.

De acordo com uma nota do Departamento de Estados dos EUA, Blinken foi para Hanói para comemorar o 10º aniversário da Parceria Abrangente EUA-Vietnã e se reunir com altos funcionários vietnamitas “para discutir nossa visão compartilhada de uma região indo-pacífica conectada, próspera, pacífica e resiliente”. .”

No final de março, o dirigente vietnamita Nguyen Phu Trong, secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã (PCV), manteve conversa telefônica  com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Noticiado pelo portal Asia Times, com o comércio bilateral e o investimento entre os dois ex-inimigos crescendo nos últimos anos, atingindo US $ 139 bilhões no ano passado , o primeiro-ministro vietnamita Pham Minh Chinh se declarou “satisfeito com o que alcançamos até agora e com o que está por vir”.

Analistas consideram improvável que o Vietnã melhore os laços com o imperialismo americano, porém os últimos acontecimentos mostram o contrário.

Retrocesso na região asiática

Buscando mão de obra mais barata, dado que o valor do salário médio mensal de um trabalhador chinês está elevado, empresas como a Foxconn, que monta iPhones na China paga 430 dólares ( 2177,43 reais brasileiros) aos chineses. A Apple informou sobre uma mudança na fabricação da China para mercados emergentes como Índia e Vietnã, segundo o The Wall Street Journal.

A Apple disse pelo portal Apple Inside que a mudança foi devida a manifestações de trabalhadores por melhores salários, quando centenas se revoltaram reclamando de falta de comida durante o confinamento do Covid e alteração do contrato de trabalho para pagar menos aos trabalhadores, na fábrica da Foxconn em Zhengzhou. Depois dos tumultos, a Foxconn, principal fabricante do iPhone da Apple, ofereceu aos manifestantes 1.400 dólares para que renunciassem ao contrato de trabalho; segundo a Reuters, 20 mil aceitaram.

O Vietnã evitou o Huawei 5G e planeja desenvolver seu próprio sistema.

Como se vê o acordo EUA-Hanói já está em prática, o principal interesse do governo do Vietnã é ser um potencial substituto da mão-de-obra barata chinesa, que ao longo das últimas décadas teve um grande aumento salarial (ainda bem abaixo da média mundial) o que pressiona monopólios imperialistas como a Apple a deixarem o país, além da pressão política vinda do confronto China-EUA.

Em nossa análise erra o governo burocrata vietnamita não levando adiante um modelo econômico socialista com ênfase no desenvolvimento da indústria nacional, restaurando o modelo capitalista e neoliberal no país, sujeitando os trabalhadores a baixos salários vindos da iniciativa privada estrangeira que leva o lucro para fora do país, travando o desenvolvimento das cidades vietnamitas.

Não assumiram uma postura diplomática contra a China; ao contrário de vizinhos acolhedores, Hanói assumiu uma posição de divisão com Pequim, contrariamente à postura dos países da região, não comprometida com a política de desenvolvimento de infraestrutura, o que enfraquece o comércio com Pequim e compromete o futuro da ASEAN.

Exportações da China para a Ásia Central e ASEAN.

Ao se aliarem economicamente com o imperialismo americano, oferecendo uma alternativa competitiva à mão-de-obra chinesa, Hanói se colocam em rota de colisão com os planos capitalistas progressistas chineses, caindo na armadilha covarde imperialista de usar um governo de uma país com capitalismo atrasado, como ‘proxy’, para atingir seus interesses de ataque econômico a um concorrente. É um erro a aliança pois o imperialismo americano não tem interesse de desenvolver o comércio da região mas sim minar a região e sabotar os canais de comunicação entre os governos.

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