Segundo informações do portal Mondoweiss, a secretária de imprensa da Casa Branca comparou os manifestantes pró-palestinos a supremacistas brancos dos Estados Unidos. O fato ocorreu nessa segunda-feira (30).
Perguntada pelo repórter da Fox News, Peter Doocy, em coletiva de imprensa, sobre o “extremismo” dos manifestantes contrários ao Estado de Israel e pró-Palestina, a secretária de imprensa do governo dos EUA, Karine Jean-Pierre, comparou os manifestantes com os supremacistas brancos nazistas que marcharam em Charlottesville em 2017.
Essa declaração oficial do governo norte-americano expõe claramente o que pensa o imperialismo sobre a questão da Palestina. O imperialismo está disposto a qualquer coisa para proteger Israel.
E joga luz também a outra questão. Foi para isso que serviu a campanha de perseguição contra a extrema-direita. Agora, o próximo passo do imperialismo será enquadrar qualquer manifestante como “extremista” como pretexto para uma dura repressão.
É por isso que a esquerda nunca deveria ter ficado a favor de uma política de perseguição, censura e repressão contra a extrema-direita por parte do Estado. Isso tudo será usado contra o povo como agora.
Veja o trecho da resposta da secretária de imprensa da Casa Branca que, por sinal, é uma mulher negra “empoderada”, mas isso, logicamente, não fez com ela deixasse de seguir exatamente as ordens da política fascista do imperialismo norte-americano.
“Peter Doocy: O Presidente Biden pensa que os manifestantes anti-Israel neste país são extremistas?
KARINE JEAN-PIERRE: O que posso dizer é que – fomos muito claros sobre isso: quando se trata de anti-semitismo – não há lugar. Temos que ter certeza de falar contra isso muito alto e sermos muito claros sobre isso.
Lembre-se, quando o presidente [Biden] decidiu concorrer à presidência foi o que ele viu em Charlottesville em 2017, quando nós – ele viu neonazistas marchando pelas ruas de Charlottesville com ódio vil e antissemita.
E ele foi muito claro naquela época e está muito claro agora. Ele tomou medidas contra isso nos últimos dois anos. E ele continuou sendo claro: não há lugar – não há lugar para esse tipo de vileza.”