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Trabalho sujo

EUA mandam generais ao Brasil para deter “ameaça chinesa”

General Laura Richardson causou estresse na Embaixada chinesa

Foi noticiado pela imprensa burguesa, mais especificamente pelo Estadão, que os EUA mandaram generais ao Brasil para conversar com o governo Lula e tentar diminuir a aproximação da gestão com a China. Segundo o jornal, o governo teria convidado representantes de Pequim para participar de um seminário sobre doutrina militar no Comando de Operações Terrestres (Coter), em Brasília.

Para deter a influência da China no Brasil, o governo norte-americano enviou os generais Laura Richardson e William L. Thigpen para conversar com os comandantes das Forças Armadas e com o ministro da Defesa na última semana. A general Laura Richardson, chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, é conhecida pela sua posição contrária à China.

Aliás, sobre essa figura, a Embaixada da China no Brasil publicou no sítio eletrônico da instituição uma declaração resposta sobre comentários da general considerados “infundados”. Segundo a embaixada, a general Laura Richardson declarou, em entrevistas a jornalistas brasileiros, que a cooperação em infraestrutura entre a China e os países latino-americanos incluindo o Brasil é “enganosa”, pois os projetos têm baixa qualidade, são suspeitos de corrupção e não trazem benefícios de longo prazo para os países parceiros, e que a iniciativa Cinturão e Rota causou uma “armadilha da dívida” para os países latinos e os projetos de infraestrutura sobre a iniciativa têm duplo uso, militar e civil, visando expandir o poderio militar chinês no exterior.

Ou seja, essa general veio ao Brasil com argumento de visita oficial, mas, na prática, veio mesmo é para fazer propaganda negativa da comitiva chinesa. O jogo sujo do imperialismo, mandando o seu capacho fazer seu trabalho.

Abaixo a resposta da embaixada chinesa:

As declarações dos altos funcionários dos EUA são infundadas e ridículas, tendo como objetivo difamar a cooperação econômica externa da China e minar as relações amistosas e cooperativas entre a China e o Brasil e outros países da América Latina. Manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a essas declarações.

 A parceria entre a China e os países da América Latina, incluindo o Brasil, se baseia em respeito mútuo, igualdade, benefício recíproco, abertura e transparência. Foi implantado grande número de projeto de alto padrão, sustentáveis e centrados no bem-estar do povo em áreas como comunicação, logística, transporte, agricultura, energia, eletricidade, habitação e construção urbana, o que tem estimulado o desenvolvimento econômico local e melhorado a qualidade de vida das pessoas, trazendo benefícios tangíveis para os países da região e seus povos. Ao mesmo tempo, o governo chinês sempre adota uma atitude de tolerância zero em relação à corrupção, exigindo que as empresas chinesas cumpram rigorosamente as leis e regulamentos locais durante os processos de licitação, construção, operação e gerenciamento de projetos. 

A Iniciativa Cinturão e Rota é uma iniciativa de cooperação internacional aberta e inclusiva, sem quaisquer intenções militares ou geoestratégicas. A cooperação entre a China e os países parceiros baseia-se nos princípios da participação voluntária, igualdade, benefício mútuo, abertura e transparência. Nenhum dos países parceiros concorda com a alegação de que a Iniciativa Cinturão e Rota causa a chamada “armadilha da dívida”. Desde o seu lançamento, há 10 anos, a Iniciativa Cinturão e Rota resultou em quase US$1 trilhão em investimentos, implantou mais de 3 mil projetos de cooperação, criou 420 mil empregos para os países parceiros e tirou cerca de 40 milhões de pessoas da pobreza nesses países.

Algumas pessoas dos EUA estão empenhadas em difamar a cooperação da China com o Brasil e outros países da América Latina apenas com base em especulações subjetivas, sem conseguir trazer nenhuma evidência convincente. A justiça e a verdade prevalecerão. A China continuará trabalhando com os países latino-americanos, incluindo o Brasil, para aumentar a confiança mútua e expandir a cooperação, de modo a beneficiar os dois povos com resultados mutuamente benéficos e vantajosos para todos.”

Em sua visita ao Brasil, a general Laura Richardson trouxe a tarefa de falar mal da China, e teve agenda cheia: encontrou com os comandantes da Marinha, almirante Marcos Olsen; do Exército, general Tomás Paiva; e da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno; e com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Renato Rodrigues de Aguiar Freire.

Visitou também o Comando de Defesa Cibernética e acompanhou a embaixadora Elizabeth Frawley Bagley em encontro com o ministro da Defesa, José Múcio. Dias antes, havia se reunido com o presidente colombiano Gustavo Petro. Já o general William L. Thigpen, por sua vez, teve um encontro com o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, titular da 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército, responsável pelas relações internacionais da Força Terrestre.

Trata-se de um caso série de ingerência imperialista nos assuntos relativos à defesa nacional. Os Estados Unidos são os mais interessados em formas de derrubar o governo Lula para, se necessário, fazê-lo em algum momento futuro. Assim como foi feito durante o impeachment de Dilma e a prisão do atual presidente brasileiro.

Nenhuma figura imperialista, tampouco nenhum general dos Estados Unidos, deveriam pôr os pés em território nacional, principalmente para “vistoriar” mecanismos de defesa nacional. É um grave erro que abre as portas para a atuação estrangeira imperialista no País.

Nesse sentido, com esse episódio, Múcio demonstra sua proximidade com os EUA. Ele é um ministro direitista que, caso a ocasião se apresente, não parece que vai hesitar em ficar do lado dos Estados Unidos. É mais uma das figuras que devem ser expulsas do Executivo.

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