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Resultados do identitarismo

Epidemia? 40% dos estudantes da Brown University se dizem LGBT

Em uma das mais importantes universidades dos EUA o número de LGBTs cresceu exponencialmente, alcançou um número 5 vezes maior que o da população nacional

A ligação do identitarismo com as universidades norte-americanas ficou mais clara e não só pela propagação das ideias dos professores. Um estudo da Brown University, uma das mais importantes do país, pertencente ao conjunto de instituições conhecido como Ivy League, indicou que 38% dos estudantes se identificam como LGBT. Em 2010, a pesquisa mais antiga, esse número era de apenas 14%. É uma demonstração que existe uma clara campanha imperialista pela diversidade sexual na juventude, e sabendo a força política por detrás, não se pode acreditar que o movimento tenha como fim uma grande vitória democrática.

Conforme a pesquisa, em 2019 80% dos estudantes ainda se identificavam como heterossexuais, um crescimento exponencial em apenas 3 anos, tão expressivo quanto suspeito. Para a doutora Lisa Littmann, existe muito mais um aumento na declaração do que no comportamento dos alunos, o que demonstra uma pressão social pela autodeclaração como LGBT. Em suas palavras: “O que nós descobrimos, na verdade, é que identificação cresceu muito mais rápido que o comportamento, o que indica que pessoas com sentimentos e atrações ocasionais, e não permanentes, ao sexo oposto estão cada vez mais se identificando como LGBT.” (“Nearly 40% of students at Ivy League school identify as LGBTQ”, RT, 9/7/2023).

O fato também de o aumento ser localizado no ambiente universitário não pode ser descartado, bem como o aumento extremamente rápido, de 20% para 38% em 2 anos. Ao que tudo indica, existe mais uma questão social do que um real aumento da população LGBT, até porque essas definições vêm se tornando cada vez mais abstratas. O LGBT agora é ultrapassado. Transexuais, gays, lésbicas e até bissexuais, eram categorias mais definidas. Elas agora foram somadas ao “queer”, que não tem significado nenhum, agrupando não binários, gêneros fluidos e todo tipo de sexualidade.

A despeito de toda a demagogia, a campanha identitária não tem outro objetivo além de colocar uma minoria da população contra uma maioria que em condições normais, não lhes seria hostil. A autodeclaração como LGBT é colocada como algo transgressor e por isso atrai setores da juventude que naturalmente têm essa tendência, mas esse é o projeto do imperialismo: cooptar a juventude para lutas falsas. Isso já foi feito em outros momentos com o ambientalismo, por exemplo, algo que acontece até os dias de hoje. A política identitária, contudo, é fortíssima e seu principal foco são justamente as universidades, e principalmente aquelas nos EUA.

Outras pesquisas apontam para as mesmas conclusões. É o caso do Centro para Estudos de Partidarismo e Ideologia nos EUA que publicou uma investigação indicando que em três escolas de arte elitistas, Oberlin, Wellesley e Smith College, o número de LGBTs está entre 51% e 71% (idem). Tradicionalmente, meios artísticos tem uma participação maior da população LGBT, mas não se pode ignorar o elevado percentual novamente em ambientes universitários, totalmente desproporcionais na autodeclaração dos estudantes como LGBTs. Isso porque os estudos mais identitários indicam a população LGBT entre 10% e 20%, ou seja, muito menor do que os índices citados acima (idem).

De acordo com a pesquisa Gallup deste ano, 7,2% dos adultos se identificam como LGBTQ, ou seja, um número cinco vezes menor que o da Brown University. Na geração que nasceu após 1997, portanto que é maioria nas universidades, esse número é de 21%, ainda muito menor do que o encontrado na BU. Os dados do Gallup mostram também um aumento geral na sociedade e não apenas nas universidades, o que é o resultado da gigantesca campanha identitária feita em relação aos LGBTs.

Por fim há outro dado que é de primeira importância. Enquanto a autodeclaração como homossexual subiu em 26%, os estudantes bissexuais triplicaram e “outras identificações LGBTQ” cresceram em 793%! Esses números deixam tudo muito claro. As identificações mais abstratas são as que mais crescem.

A categoria de bissexual pode facilmente comportar diversos heterossexuais com algumas relações homoafetivas em determinado momento da vida (ou nenhuma). Igualmente, qualquer pessoa pode se declarar não binária. Note que essas categorias excluem também o trans, que já são algo bem definido.

Esse último dado esclarece tudo. O aumento real dos LGBT nas universidades é o dos homossexuais, que podem ser mais livres em um ambiente mais liberal. Os demais estão na realidade superestimados devido a gigantesca campanha realizada pelo imperialismo. Vale lembrar que esses estudantes estão em um ambiente propício a severas pressões dos professores, da imprensa, do cinema e de toda a indústria cultural.

O ambiente universitário nos EUA é onde existe a maior pressão identitária em todo o planeta. Um dos resultados é que grande parte da juventude se autodeclara LGBT, apesar de não o ser na prática.

Essa campanha imperialista pretende controlar os setores da esquerda, dos EUA e do mundo, desorientados o bastante para caírem nesse golpe. É preciso, contudo, esclarecer que a história está repleta de casos demonstrando que o identitarismo pode resultar em algo terrível para a população LGBT. Isso porque a propaganda imperialista está impulsionando a falsa percepção de que essa população é aliada do maior inimigo da classe operária. Em outros momentos isso terminou em banho de sangue, é o caso do genocidio Armenio e do genocidio Tutsi. Quando toda a campanha identitária acabar (e ela já apresenta sinais de esgotamento), os LGBTs poderão sofrer as piores barbáries. 

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