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Guerra da Ucrânia

Embaixadora dos EUA acusa Lula de “premiar” Rússia

Chantagem do imperialismo em pleno solo brasileiro foi novamente frustrada perante o governo Lula

Conforme avança a crise no imperialismo, o cinismo se intensifica. Enquanto os Estados Unidos possuem cerca de 700 bases militares em mais de 80 países (representando mais de 90% de todas as bases no exterior e aproximadamente 400 mil soldados em luta, sem contar milícias armadas pela CIA e organizações paramilitares e mercenárias no mundo inteiro), o imperialismo norte-americano considera uma “premiação à Rússia” a anexação de territórios pertencentes aos povos russos da região do Donbass, mas não considera que sejam o país mais PREMIADO do premiado por ter tantos países com suas bases praticando um verdadeiro terrorismo de Estado contra países atrasados e até mesmo contra países do seu condomínio chamado G7.

Fonte: Jacobin Magazine

A declaração é tão absurda que quando vemos o mapa acima, é possível observar claramente as intenções dos Estados Unidos, um país que controla os exércitos nacionais, a informação cabeada e a imprensa capitalista de cada território. Não bastasse levar ao mundo a mentira, quinta-feira (4), a embaixadora Linda Thomas-Greenfield, representante dos EUA na ONU afirmou que as propostas de negociação apresentadas pelo Brasil para a guerra na Ucrânia não poderiam favorecer Putin que, segundo ela “utilizou a força” para tomar territórios ucranianos. Para isso, a embaixadora imperialista cobrou que o governo ucraniano seja envolvido em qualquer coisa que envolva o conflito com os russos. De acordo com a embaixadora:

“Nossa preocupação é que qualquer discussão sobre paz na Ucrânia seja baseada nos valores comuns e na Carta das Nações Unidas. Durante minhas conversas com autoridades brasileiras, nos últimos dois dias, elas reafirmaram o compromisso de responder a esse problema dos dois lados. Não estamos dizendo ao Brasil para não se engajar na busca pela paz, o que dissemos é que qualquer envolvimento tem que levar a Ucrânia em conta e não pode ser uma negociação baseada em premiar a Rússia por ter tomado territórios ucranianos nessa guerra sem motivo”, afirmou a embaixadora de Joe Biden nas Nações Unidas.

Em visita ao Palácio do Planalto, ela ouviu que o governo brasileiro vai enviar um emissário a Kiev, para tratar da guerra na Ucrânia. O embaixador Celso Amorim, ex-chanceler e assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou à representante dos EUA sua intenção de visitar o país no Leste Europeu.

Amorim irá à Kiev para colocar um basta na tentativa do imperialismo em atravessar a tradição diplomática brasileira, que sabiamente foi antes à Moscou para conversar diretamente com Vladimir Putin. De lá pra cá, o imperialismo não parou de atacar o País e o governo Lula. Essa visita à Moscou produziu efeitos na ampliação dos BRICS e ao próprio enfrentamento da ingerência dos Estados Unidos. A pressão tem sido enorme em cima da posição de Lula perante o conflito, que tenta se equilibrar diante da burguesia que tenta todo dia derrubá-lo. Lula não está fazendo propaganda russa, como afirmam os norte-americanos, mas, uma diplomacia de ganhos para o Brasil após total submissão durante os governos golpistas de Temer e Bolsonaro, capachos do imperialismo.

A embaixadora que cumpre papel de servidora pública do serviço sujo dos Estados Unidos afirmou:

“Eu expressei nossa decepção a respeito das declarações feitas sobre a Ucrânia”, relatou Linda Thomas-Greenfield. “Eu incentivei autoridades brasileiras, incluindo o assessor especial Celso Amorim, a irem à Ucrânia. É importante que todos esforços de negociação incluam a Ucrânia nas discussões. Ele me confirmou que tem planos de visitar a Ucrânia, mas não disse quando. Suponho que será em breve.”

Essa posição afrontosa é um sinal de alerta para toda a esquerda, pois o imperialismo não está de brincadeira, tem chantageado o Brasil como nunca e pressionando pela transformação do País em um laboratório da nova política do imperialismo. O tom dos EUA subiram, após uma série de recusas de Lula em atuar como Gabriel Boric. Lula, ao seu modo, vem incomodando o imperialismo, que vem, muito rapidamente escalando os ataques contra o Brasil, utilizando diversos setores da esquerda pequeno-burguesa, da direita dita tradicional e a extrema-direita.

Chantagem

A servidora de Biden no Conselho de Segurança afirmou que embora Lula tenha votado a favor de uma resolução na ONU condenando Moscou, “O Brasil condenou a tentativa de anexar territórios ucranianos e a mais recente resolução de paz”. Embora não tenha sido as palavras que esquerdistas queriam ouvir de Lula contra a Rússia, o Presidente atingiu em cheio o imperialismo, numa provocação sem precedentes, sutil e firme ao mesmo tempo.

Linda Thomas-Greenfield, recebida por Celso Amorim se achou no direito de protestar em solo brasileiro contra as declarações recentes de Lula sobre a guerra, o que é inadmissível para quem defende a soberania nacional, fazendo com que todos que estejam no apoio do governo Lula, ergam as bandeiras e apoie as ações em favor do enfrentamento que vem sendo realizado contra o imperialismo. A menção de investimentos no “fundo Amazônia” da ordem de 500 milhões de dólares, não faz nenhuma diferença para o desenvolvimento da região e Lula tem ciência que essa chantagem serve a um propósito de dominação, haja vista que esse valor foi elevado em 10 vezes, após visita afrontosa de Lula à China.

Para piorar o cenário de cinismo e tentativa de dominação, a funcionária do Biden diz estar “frustrada” com a situação do Haiti e almeja que o Brasil inicie nova operação no país do Caribe. O governo resistiu à investida e não respondeu à pressão, porém, volta para os EUA com uma declaração vazia: “Conversamos sobre algumas opções para lidar com esses problemas, particularmente no Conselho de Segurança, e estamos comprometidos a trabalhar juntos para buscar soluções”, informou a embaixadora para a Reuters. Essa postura ameaçadora do imperialismo deve ser rechaçada pela esquerda, que deve apoiar as decisões acertadas de Lula no campo da política externa, que busca se equilibrar neste período de profunda instabilidade.

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