A cúpula do G77+China, aconteceu em Havana, Cuba, neste sábado (16).
Cerca de 30 chefes de Estado e governo participaram da reunião, que contou com a presença dos presidentes da Argentina, Colômbia e Venezuela, além de líderes de outras regiões, como Ásia e África, e de países árabes. O grupo, criado por 77 países em 1964, ampliou-se até somar 134 nações. E atualmente integra a China de uma forma externa.
Para desespero de toda a imprensa imperialista, que tem que noticiar a visita do presidente brasileiro à ilha caribenha, Lula não poupou palavras e denunciou logo de início o bloqueio econômico que sofre Cuba por parte dos Estados Unidos há mais de seis décadas. O que impede literalmente que a economia e comércio internacional cubano possam crescer e se desenvolver. Além do mais, Lula também fez vários acordos comerciais, principalmente relacionados à saúde e tecnologia.
“É de especial significado que, neste momento de grandes transformações geopolíticas, esta cúpula seja realizada aqui em Havana. Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, afirmou o presidente.
Uma declaração conjunta, dos países participantes do evento, fez claras críticas à hegemonia de grupos monopolistas – leia-se imperialismo – no setor de tecnologia e internet. “Rejeitamos os monopólios tecnológicos e outras práticas injustas que dificultam o desenvolvimento tecnológico dos países em desenvolvimento (leia-se países atrasados). De acordo com a declaração, esse monopólio contém e suprime o legítimo desenvolvimento econômico e tecnológico de outros Estados.
Lula assinou acordos de cooperação que “ampliarão o intercâmbio de tecnologias entre os dois países”, de acordo com o governo, que acrescentou que esses entendimentos “simbolizam a retomada das relações diplomáticas entre Brasil e Cuba, que haviam sido abandonadas nos últimos anos”. Na área agrícola, também foram definidas iniciativas de intercâmbio e cooperação tecnológica.
De acordo com o site de notícias Brasil de Fato, na área da saúde foi assinado um protocolo de cooperação que prevê o intercâmbio de tecnologias e conhecimentos. O protocolo contempla uma série de temas, tais como: doenças crônicas, desenvolvimento de vacinas, biotecnologia e biodiversidade, doenças transmissíveis etc. Além disso, está prevista uma parceria entre instituições estatais de ambos os países – a brasileira Fiocruz e a cubana Biofarma, na produção de medicamentos.
Todos os acordos beneficiam diretamente os dois países. O Brasil está diante de um grande polo de consumo, pois em Cuba falta tudo por conta do bloqueio econômico. E para Cuba é uma forma de se desenvolver e furar essa ação criminosa praticada pelo imperialismo contra a ilha. Por isso vemos na imprensa golpista pró-imperialista toda essa choradeira, nos dias seguintes ao encontro entre Lula e Miguel Díaz-Canel, presidente cubano.