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Erdogan recusa imposição

Eleições na Turquia: para onde vai Erdogan?

“Vivemos um mundo marcado por crises e guerras. Conseguimos construir uma Turquia forte e independente neste ambiente e precisamos mantê-la”, disse o líder turco

Erdogan

A República da Turquia produziu, em 2018, 12% dos produtos têxteis para a União Europeia (UE). Venda no valor de 10 bilhões de euros, garantindo-lhe o 3º lugar dos países que exportaram têxteis para o mercado europeu, conforme os dados mais recentes do Eurostat, agência estatística oficial da União Europeia (UE).

A Turquia acelera para atingir o seu alvo de desenvolvimento capitalista, porém encontra resistência da União Europeia, dominada pelo imperialismo americano.

A taxa de importação de produtos têxteis dos países membros da Europa aumentou 25% em relação a 2013, o que dá prejuízo ao comércio externo turco. Visando aumentar o lucro da Turquia, o país tenta participar da União Europeia desde 1987, ano em que se candidatou ao que na época era CEE (Comunidade Econômica Europeia). Desde 2016 as negociações de adesão estão paralisadas, quando a UE acusou a Turquia de violações dos direitos humanos e desrespeito ao Estado de direito, a União Europeia atrasa o desenvolvimento capitalista desse pequeno país eurasiático, criando uma tensão muito grande para as eleições do próximo ano (2024), em maio. Somado a isso, Erdogan acusa o imperialismo de tentar jogar a Turquia contra a Rússia.

“Vivemos um mundo marcado por crises e guerras. Conseguimos construir uma Turquia forte e independente neste ambiente e precisamos mantê-la”, disse o líder turco em entrevista à emissora A Haber em março (29).

Legenda: A anchova do Mar Negro foi vendida principalmente para a França. A Turquia é um dos maiores vendedores de anchova para a UE, 1,5 milhão de dólares só para a França entre 2018 e 2019

Em janeiro de 2023, Erdogan já tinha anunciado a compra dos sistemas S-400 russos, e teve muitas ameaças de outros países. “Mas nós compramos o S-400. E agora temos os sistemas em nosso bolso”, disse o presidente.

Erdogan abordou o tema das entregas de aeronaves F-16 e F-35 para a Turquia. “Quanto ao F-16, queremos obtê-los de vocês [EUA], mas vocês não os dão. Eles falaram sobre o F-35, mas não cumpriram a palavra”, disse.

Isso foi congelado depois que Ancara comprou os S-400 de Moscou. Este acordo também encerrou a participação da Turquia no projeto do caça F-35. Os opositores da venda do F-16 para Ancara no Congresso americano apontaram como argumentos sua recusa em ratificar os pedidos de Helsinki e Estocolmo para ingressar na OTAN por suas relações com Moscou. A Turquia, então, declarou não aceitar nenhuma condição para a concretização do acordo e aguarda que o imperialismo cumpra com o que prometeu e não ponha obstáculos novos a tratos já fechados.

Legenda: O presidente turco Recep Tayyip Erdogan encontra Jeff Flake, o novo embaixador dos EUA em Ancara, 26 de janeiro de 2022

Devido a um encontro do embaixador americano com o seu opositor nas eleições seguintes, Erdogan disse que a partir de agora suas “portas estão fechadas” para o embaixador dos EUA em Ancara, Jeffry Flake

Uma coalizão de seis partidos na Turquia escolheu Kemal Kilicdaroglu, do Partido Republicano do Povo (CHP), principal partido de oposição, para fazer frente à reeleição de Erdogan, numa das eleições consideradas mais importantes de 2024. O CHP é de centro-esquerda e pró-imperialista. Desde sua fundação, o partido de Erdogan, AKP, o levou à vitória em cinco disputas parlamentares, três delas contra Kilicdaroglu, que atualmente perde para Erdogan nas pesquisas eleitorais,que apontam disputas acirradas. Ambiente propício para investidas estrangeiras na política interna.

A aliança partidária contra Erdogan não é unânime, entre si e há desavenças politicas constantes, são de origem islâmica conservadora, nacionalistas de direita, além de militares, apoiados pelo imperialismo americano, que têm praticamente uma única unanimidade: derrotar Erdogan. No mais, a popularidade de Erdogan sofreu uma crise com ataques políticos devido ao aumento no custo de vida e os terremotos que mataram mais 46 mil pessoas no mês passado.

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