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14 de maio

Eleições na Turquia opõem russos e o imperialismo

O imperialismo procura desesperadamente pavimentar um caminho pra vitória eleitoral na Turquia pra conter os russos

As eleições presidenciais na Turquia acontecerão amanhã (14), cinco semanas antes do previsto, conforme anunciado pelo presidente turco e candidato à reeleição Recep Tayyip Erdogan. Esse pleito, que tem uma importância central para o desenvolvimento da situação política em toda a região do Oriente Médio e do Leste Europeu, tem provocado uma série de movimentações.

Desde o anúncio de antecipação das eleições pelo presidente turco, os ânimos se acirraram devido à exasperação da guerra na Ucrânia. Nesse período, também ocorreram sinais claros de uma crise bancária em curso nos EUA, assim como também o desprendimento de tradicionais aliados dos mesmos à sua órbita de influência política, como no caso da aproximação da Arábia Saudita com o Irã, da própria decisão comandada pelos sauditas na OPEP de reduzirem a produção petrolífera e a desdolarização gradual anunciada por vários países importantes. Isso tudo em apenas dois meses desde o anúncio da antecipação das eleições na Turquia anunciada pelo presidente Erdogan.

Erdogan sempre deixou clara a sua intenção de se candidatar à reeleição, apoiada pelo seu partido, o islamista AKP, que governa a Turquia desde 2002, e o ultranacionalista MHP”.

Mas a pressão do imperialismo nesse momento é enorme para impulsionar a candidatura do opositor de Erdogan e impor a sua política em parceria com um novo futuro presidente. O imperialismo precisa retomar as rédeas dessa região estratégica num país importante econômica, política e militarmente como a Turquia. Desta maneira a aposta está em Kemal Kilicdaroglu candidato da oposição, que pretende ser a “esperança” do imperialismo comandado pelos EUA pra tentarem conter o avanço de alianças mais sólidas com russos e chineses. Ainda segundo o portal DW:

 “A oposição, constituída principalmente pelo Partido Popular Republicano (CHP, centro-esquerda e secularista) e a IYI nacionalista, nomeou na segunda-feira um candidato consensual, o líder da CHP, Kemal Kilicdaroglu, de 74 anos.

Quatro partidos menores, de orientação liberal, islamista e conservadora também apoiam Kilicdaroglu.

Ainda não está claro se o terceiro partido no parlamento, o HDP de esquerda, pró-curdo, que normalmente obtém cerca de 10 por cento dos votos, vai nomear um candidato próprio ou se apoiará Kilicdaroglu”. Essas eram as composições de dois meses atrás e o importante nesse panorama é a comparação com o atual momento, já nas vésperas das eleições. Erdogan em março tinha cerca de 46% votos segundo estimativas.

A princípio começamos por um dos jornais do imperialismo via Brasil no portal UOL para sabermos das posições desse meio de comunicação. Segundo esse e outros jornalões da burguesia e do imperialismo a disputa está acirrada e será decidida por uma cabeça de diferença para um lado e para outro. Se olharmos de maneira crítica percebemos uma certa “torcida” para que o opositor direto de Erdogan vença as eleições, que segundo eles poderá ser decidida pelos votos dos curdos a reta final. Mas, vamos a alguns pontos de acordo com a matéria do portal UOL que conecta a burguesia nacional a estrangeira https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2023/05/06/as-vesperas-da-eleicao-na-turquia-imprensa-francesa-compara-erdogan-a-putin.htm:

“As eleições gerais na Turquia, que terão seu primeiro turno em 14 de maio, são destaque nas revistas semanais francesas. As publicações analisam o contexto político do país e traçam um perfil do atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, cada vez mais ameaçado pela oposição, apesar de controlar o país com mão de ferro. As eleições gerais na Turquia, que terão seu primeiro turno em 14 de maio, são destaque nas revistas semanais francesas.

As publicações analisam o contexto político do país e traçam um perfil do atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, cada vez mais ameaçado pela oposição, apesar de controlar o país com mão de ferro. “Nunca um presidente esteve em uma situação tão frágil”, resume a revista L’Obs. A reportagem conta como o chefe de Estado, reeleito em 2018 após uma carreira meteórica – Erdogan foi prefeito Istambul antes de se tornar chefe do governo e em seguida chefe de Estado -, vem perdendo aos poucos a sua popularidade. O líder carismático, que ficou conhecido ainda jovem como jogador de futebol, sofre agora em razão de sua má gestão da crise econômica, das denúncias de corrupção e de nepotismo”.

Vejam que o líder turco aparece como frágil perante acusações de nepotismo, corrupção e má gestão da economia do país. Um roteiro já conhecido pela burguesia e pelo imperialismo que se reproduz ao longo das necessidades e interesses do núcleo duro da dominação global, que denominamos aqui de imperialismo. Erdogan é também taxado de repressor e chamado de “novo Putin” pelos adversários políticos e pela propaganda do imperialismo. Em seus discursos de campanha, Erdogan denuncia o que qualifica de “forças imperialistas que querem bloquear a conquista turca, impõem o terrorismo e o modo de vida LGBTQIA+”, resume a revista.

Os jornais e/ou portais da burguesia em conluio com o imperialismo se agarram na retórica bastante conhecida de ataques na forma de denúncias e difamações dos seus adversários políticos. A disputa está certamente acirrada devido ao imperialismo utilizar toda a sua força para mudar a correlação de forças na região a partir da Turquia, país estratégico para a sobrevivência do próprio imperialismo.

De maneira bem mais equilibrada, o Asian Times descreve as relações entre Putin e Erdogan: “embora Moscou não interfira abertamente nas eleições turcas, acontecimentos recentes sugerem que Putin apoia indiretamente seu “amigo” Erdogan. Por exemplo, em 3 de maio, a gigante energética russa Gazprom anunciou que permitiu à Turquia adiar os pagamentos de gás natural até 2024. Tal movimento pode ser interpretado como um presente de Putin a Erdogan antes da eleição histórica”.

Anteriormente, em 28 de abril, os dois líderes participaram virtualmente de uma cerimônia que marcou o carregamento de combustível nuclear na primeira unidade de energia da usina nuclear de Akkuyu, no sul da Turquia, que está sendo construída pelo conglomerado nuclear russo Rosatom. Como a oposição turca supostamente se opõe à construção da usina, Erdogan afirma que, se seus oponentes chegarem ao poder, os apagões se tornarão rotina.

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