Com o Rio Grande do Sul fortemente atingido pelo ciclone extratropical que castiga o estado desde a segunda-feira (4), o governador Eduardo Leite (PSDB) sobrevoou as regiões atingidas, informando que “todos os transportes aéreos disponíveis estão trabalhando nos resgates”, acrescentando ainda que o “todos” seriam “duas aeronaves da Brigada Militar e um helicóptero da Polícia Civil, além do helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar, que permite voos noturnos e vai continuar operando ao longo da madrugada”. Além do transporte aéreo, “mais de 40 embarcações também estão sendo utilizadas para buscas e remoção de pessoas ilhadas em áreas alagadas”, concluiu Leite.
Ocorre que a grande “conquista” do governador é justamente o achaque orçamentário através do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Iniciada por José Ivo Sartori (MDB) em 2015, a medida visava atacar as despesas que interessam à população para garantir a rolagem da dívida do estado com os banqueiros, sob a desculpa de “oferecer serviços públicos de melhor qualidade”.
Com pelo menos 27 mortos em meio à catástrofe e a evidente dificuldade do estado em lidar com a crise, torna-se evidente que o RRF só atende aos banqueiros e também, que grande parte da responsabilidade pelo luto das famílias se deve a Eduardo Leite, governador desde 2019 e que nada fez para o povo gaúcho.