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Valéria Guerra

Historiadora, artista (atriz) sob DRT 046699-RJ. Jornalismo UMESP-SP, término neste ano corrente. Bióloga e professora da Rede Estadual do Rio de Janeiro. Colaboradora textual do Site Brasil 247 há 4 anos. Escritora com livros publicados e textos para inúmeras Antologias, inclusive concursos de textos teatrais. Mestrando em psicologia da Educação. Escreveu o livro “Eu preciso de um Hulk” que se transformou em peça homônima

A Gaza educacional brasileira

Educação, uma questão de ética

A retórica e a ética, na maioria das vezes não se coadunam, a retórica malsã constitui múltiplas éticas: uma para o povo, e outra para os governos

“No Estado do Rio de Janeiro, o Governador que até um tempinho atrás vivia pregando as virtudes da sua administração, falando que as finanças estavam maravilhosas, agora só chora miséria e, apesar do dinheiro da CEDAE e dos BILHÕES que o Governo Lula está DEVOLVENDO, somado a RECOMPOSIÇÃO da ARRECADAÇÃO, pelo fim das medidas ELEITOREIRAS de Bolsonaro visando vencer a eleição de qualquer maneira, JÁ AVISOU QUE TALVEZ ATRASE SALÁRIOS EM 2024.
Na PREFEITURA, Eduardo Paes segue com sua política de, aos poucos, principalmente na área da SAÚDE, acabar com SERVIDORES CONCURSADOS. O desestímulo é PROPOSITAL. Todo mundo ESTATUTÁRIO se aposentando, saindo, para colocar no lugar os terceirizados, temporários.
A tática de PAES é a do SILÊNCIO. Ele simplesmente não fala dos servidores, com os servidores. Ele simplesmente IGNORA o funcionalismo.
Agora sinaliza que, NÃO VAI DAR REAJUSTE EM 2024. Não inclui na MENSAGEM DO ORÇAMENTO nenhum CENTAVO para isso. Manda uma mensagem DÚBIA. Vamos ter aí uma BATALHA para que, ao final uma merreca de 3% talvez seja concedida”.

O Trecho acima foi extraído de matéria do Jornal Extra e publicado em um site de servidores públicos

O conteúdo acima deixa a Educação nacional desnuda, e sem a túnica da ética.

E agora? Seguiremos no barco do colonialismo; e continuaremos sendo avaliados como um povo sem lei, sem rei, e sem fé, ou seja, estamos com os ditos civilizados legitimando os incivilizados?

À guisa dos nossos irmãos índios e nossos irmãos africanos, somos um povo sofrido, espoliado e vitimado por uma troca cultural: que foi assaz generosa com os europeus e deixou a nação genuína no calabouço.

O processo de colonialismo nos legou a possibilidade desleal de “abaixar a cabeça” e ser catequizado e condenado ao ostracismo social. O preço do progresso fora hostil. Nossa herança é a baixa autoestima, na obra Systema Naturae, de Charles Linnné, fica patente de forma “científica” que índios são indolentes, asiáticos são guiados por opiniões, americanos são guiados por costumes, e africanos pelo capricho. E isso para o taxonomista fora o sinônimo da tal inferioridade ancestral.

Hoje, vivemos dentro de um sistema educacional que lança o humano no paraíso da hiperespecialização; que o torna o canibal do holismo. Afinal, o “padrasto” Mercado exige que seja assim: o professor não é prioridade neste país. Ele é apenas um “Sócrates” a mais no contexto dos Três Poderes. A sua preparação e engajamento são condenados à sorte da cicuta.

Relativizar é preciso, porém reduzir a História é algo menor. E do ponto de vista do olhar do historiador, precisamos continuar a perguntar aos documentos históricos: “o que eles têm a mais para nos contar”. Claro que a expansão europeia dos séculos XV e XVI também foi de cunho cultural e religioso.

Não somos indolentes, não somos preguiçosos e tampouco queremos ser regidos somente por opiniões; e estamos cansados de sermos teleguiados por Homens travestidos por veste justas, e cabelos louros, que criam e recriam arsenais de leis desnecessárias; apenas com a finalidade de vigiar e punir.

A retórica e a ética, na maioria das vezes, não se coadunam, a retórica malsã constitui múltiplas éticas: normalmente, uma para o povo, e outra para os governos. E com isso a Educação é manipulada. Nivelaram a educação por baixo, e criaram um artifício pálido de deseducar sob o véu partidário de uma educação para todos.

Todo saber nasce da arte de pensar. A parte da filosofia que estabelece normas e ditames comportamentais, a ética; realmente necessita habitar o mundo da Educação, já que de verdade, isto ainda não aconteceu. E o primeiro parágrafo de este artigo demonstra bem isto.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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