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Valéria Guerra

Jornalista (UMESP), historiadora, atriz com DRT-RJ, escritora, colunista do 247, PCO, e do meu site (https://guerraluz.prosaeverso.net/); mestre em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação; professora do Estado do RJ na cadeira de biologia, poetisa e ativista contra a desigualdade no Brasil e no mundo.

Nacionalismo e liberdade

E vem aí o Sete de Setembro

Qual é a utilidade da data do "Independência ou morte" para os assalariados? Para esta classe, tal memorialística sempre servirá para reafirmar uma escolha: a Morte

Independência ou Morte! Tal bordão marcou o momento transicional, em que o Brasil saiu do armário da ultrajante condição de área colonial…

O panorama incluiu uma fase de resistência baiana, foi daí que nasceram alguns ditos heróis, e principalmente, heroínas da pátria. Afinal, os portugueses resistiram às mudanças locais…

A trajetória colonial (bem caprichada) gerou revoluções sociais, espaços vazios ocupados, e também plantation e mineração, e mais tarde o surgimento do comércio expandiu também a nação que surgia.

Depois da chegada da família real ocorreu um “boom” desenvolvimentista no Brasil, que a esta altura já era o maior exportador de produtos agrícolas do mundo, incluindo o açúcar.

Já com um milhão de pessoas gestadas aqui no caldeirão de uma forjada sociabilidade. A burocracia importada colabora para o bem e para o mal. Afinal, há sempre alguém perdendo no jogo de cartas marcadas do poder.

Há um imperialismo que vigora há séculos, mudando de mão em mão no pano de fundo da geopolítica. A história nos lega uma economia surgida neste hemisfério sul, onde se encontra encravado o grandioso Brasil. As forças produtivas do Brasil são liberadas, com o decreto da abertura dos Portos. A economia brasileira precisava se expandir, e para isso tinha de se comunicar com todos os países do mundo, para facilitar seu desenvolvimento.

O ciclo econômico do país iniciava de certa forma sua independência. Acabar com a proibição de indústrias nacionais fora um largo passo no início do século XIX, quando do estabelecimento da Corte Real aqui: O Brasil deixou de ser dependente da Metrópole, para ser sede do Reino, agora unido, e alguns anos mais tarde aparentemente liberto. Mas continua a ser “colônia” no seu edifício institucional e estrutural, sem considerar outras questões, como, por exemplo, a dependência portuguesa da Inglaterra.

E hoje, agora, aqui, nesta imensidão, a nossa luta é ainda contra o imperialismo, que submete seus testas-de-ferro infiltrados em diversas áreas políticas a facilitarem sua prosperidade dentro de um país que acumula seu melhor modo de fazer riqueza: povo esquadrinhado na base da pirâmide, ali, chicoteado pela chibata pós-moderna mais eficiente: o salário-mínimo.

E vem aí mais um dia de glória, que simboliza a oficialização de uma Independência, mesmo com um príncipe português a frente da nau gigante […] foram vistas algumas mudanças significativas em nosso país, apesar da “Noite da Agonia” em 1823. E segue o baile… com a dificuldade de propagação das informações pelo território nacional, a maioria das pessoas não ficou sabendo do ocorrido no dia, nem sequer no próprio mês de setembro.

A população em geral só ficou a par das boas-novas em 12 de outubro do mesmo ano, data do começo do reinado de Dom Pedro I como imperador do Brasil e o dia do aniversário de 24 anos dele. Ele proclamou a Independência muito jovem, tinha apenas 23 anos.

Quando Dom Pedro I abdicou do trono em nome do filho, em 1831, para voltar a Portugal, não fazia mais sentido comemorar sua coroação de 12 de outubro.

Mesmo o príncipe regente D. João, sendo oprimido pelas mudanças econômicas da sua antiga colônia, (aparentemente) irrevogáveis: deu um golpe de inteligência e percepção, antes de voltar à Metrópole em função do episódio da Revolução do Porto; e disse ao filho: Se é para ficar independente, que o Brasil seja para você…

E eu pergunto (a você) brasileiro contemporâneo: você se sente livre, e independente […] sabes quantos indivíduos recebem o baixíssimo salário-mínimo? Vejamos os dados: “No segundo trimestre deste ano, o mais recente com estatísticas disponíveis, cerca de 35,6 milhões de trabalhadores (formais e informais) tinham renda de até um salário-mínimo por mês (R$ 1.212).

Qual é a utilidade da data do “Independência ou morte” para os assalariados? Para esta classe, tal memorialística sempre servirá para reafirmar uma escolha: a Morte.

#ValReiterjornalismohistórico

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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