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Mais de 100 dias de pressão

É preciso mobilizar para derrotar a sabotagem

São poucas as medidas efetivas que o governo consegue tomar em meio a tamanho cerco. É preciso quebrar a resistência da direita por meio da luta popular

No começo da semana, antes de embarcar para a China, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva completou 100 dias com discursos sobre os feitos, desafios e promessas.

Mas o grande destaque desse pouco mais de três meses, é a enorme pressão que o governo vem sofrendo por parte dos banqueiros, os “donos do mercado”, dos seus servos no comando do Banco Central, da imprensa capitalista, dos governos imperialistas, defensores dos monopólios internacionais. Além do cerco político das máfias que dominam o Congresso Nacional e têm parcelas importantes dos cargos do governo – por conta de acordos estabelecidos com setores da direita golpista que se apoiaram no prestígio de Lula para chegar com ele, infiltrados, no governo. 

É importante que essa gente fale para a gente fazer diferente do que o que eles querem que a gente faça”, afirmou após citar o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e o mercado financeiro. 

Ontem mesmo, na China em seu discurso na posse na presidenta Dilma Rousseff, no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco dos BRICS, tratou de criticar as pressões sobre os países pobres, criticando o padrão dólar, como uma imposição nas transações internacionais r assinalando:

“[O FMI] quando empresta dinheiro para um país de terceiro mundo ou qualquer outro banco quando empresta para outro país do terceiro mundo, as pessoas se sentem no direito de mandar, de administrar a conta do país”.

Lula está ciente da sabotagem interna e sabe de onde ela vem: dos grandes capitalistas que controlam a imprensa e o aparato estatal, desde o Congresso Nacional até as Forças Armadas. 

No que tange à política econômica, Lula está com dificuldades para aplicar medidas pontuais de caráter social. Qualquer medida que tenta implantar é alvo de bombardeios na imprensa e do “mercado”.

Um dos pivôs da crise é o presidente do Banco Central, Campos Neto, escolhido por Bolsonaro e Guedes. Nem mesmo dentro do governo o presidente tem apoio. Os juros altos são uma política dos banqueiros, que neste ano esperam levar R$ 2,56 trilhões do orçamento federal. 

São poucas as medidas efetivas que o governo consegue tomar, em meio a tamanho cerco.

Os capitalistas fizeram um escândalo antes do governo assumir, quando Lula falava em retomar o programa Bolsa Família. Após negociações, Lula conseguiu a permissão para “gastar” R$ 670,33 no primeiro mês de pagamentos, atendendo a 21,1 milhões de famílias.

O governo aumentou também o repasse de recursos ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), retomou parcialmente alguns programas na área da saúde, como o “Mais Médicos”; habitação, como o “Minha Casa, Minha Vida”, entre outras. Mas todos os projetos sofrem da contenção de recursos que faltam para os programas sociais e sobram para os banqueiros.

A burguesia não deixa Lula governar.

Só a mobilização popular, convocada por partidos de esquerda, pela CUT, sindicatos, MST e outras organizações dos explorados, pode criar a necessária pressão, vinda da base, que Lula precisa para atender às reivindicações do povo trabalhador.

É preciso organizar essa mobilização e debater propostas que apontem uma perspectiva própria dos trabalhadores diante da cise, diante do que tem um papel fundamental os debates que se realizarão na III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, que a conhece de 9 a 11 de junho, na Quadra dos Bancários, em São Paulo.

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