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Por uma política nacionalista

É preciso expulsar Marina Silva e explorar o petróleo na Amazônia

Pupila de George Soros quer impedir a Petrobrás de avaliar a quantidade de petróleo disponível no litoral do Amapá. Lula não cai na malandragem e se contrapõe à ministra.

Ainda em viagem ao Japão, o presidente Lula contrariou a posição defendida por Marina Silva em relação à prospecção de petróleo no litoral da Região Norte do Brasil. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima havia defendido o veto imposto pelo Ibama à perfuração de um poço na Bacia da Foz do Rio Amazonas, num episódio que chegou a fazer o senador Randolfe Rodrigues se desfiliar do partido Rede Sustentabilidade de Marina Silva. Diante das contradições internas do governo, Lula adotou tom bastante incisivo em defesa da exploração racional dos ricos recursos naturais da costa brasileira.

As declarações de Lula sobre o assunto não deixam dúvidas de que o presidente não está disposto a engolir tão fácil esse bloqueio ao desenvolvimento na região mais pobre do país:

“Se extrair petróleo na Foz do Amazonas, que é a 530 quilômetros, em alto mar, se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros de distância da Amazônia, sabe?”

“Quem mora na Amazônia tem direito a ter os bens materiais que todo mundo tem”

A posição de Lula é concreta e está correta. É óbvio que se existirem evidências sólidas de que determinada atividade pode trazer problemas ambientais, seja na Amazônia ou em qualquer outro lugar do Brasil, isso serviria para bloquear essa atividade. No entanto, a situação atual passa muito longe desse cenário. Como o próprio Lula apontou, não se trata de explorar petróleo na selva amazônica, mas de fazer a exploração de petróleo no mar, algo que a Petrobrás faz há anos sem acumular um currículo de acidentes ambientais. Nada no mundo real levaria a crer que a exploração no litoral do Amapá traga qualquer dano nesse sentido.

Por outro lado, o prejuízo para a região menos desenvolvida economicamente do país é gigantesco. Esse é um dado concreto e a razão pela qual Randolfe pulou fora da Rede. Político profissional, com experiência em abandonar o barco em situações políticas complicadas, o senador avaliou o desgaste que esse veto ao desenvolvimento do estado pelo qual se elegeu poderia significar para sua carreira e escapou dessa fria. Assim como havia feito ao sair do PT na campanha do “mensalão” e do Psol durante a preparação do golpe contra o governo Dilma. No caso atual, seria um ato de suicídio político defender que o Amapá não receba recursos oriundos do petróleo brasileiro.

A defesa dos interesses do imperialismo por Marina Silva é tão escancarada que ela própria já havia sinalizado na campanha presidencial de 2014 que privilegiaria a produção do etanol, a partir da cana-de-açúcar, em relação à exploração do petróleo do pré-sal. Depois que isso repercutiu negativamente em sua campanha, chegou a declarar que exploraria o pré-sal, mas sem convencer ninguém. Antes disso, já havia pedido demissão do cargo de ministra do Meio Ambiente do segundo governo Lula por conta do que seria sua causa ambientalista. Pouco depois, trocou o PT pelo PV. Mantendo-se crítica a qualquer tentativa de desenvolver economicamente a região onde nasceu. Não por acaso, nas últimas eleições se elegeu por São Paulo, onde recebe importante apoio da poderosa máquina de imprensa burguesa, e não pelo seu estado de origem, o Acre.

A posição defendida por Marina é similar ao que prega a índia universitária do Psol, Sônia Guajajara, que chegou ao absurdo de dizer que o Brasil não precisa de hidrelétricas. Assim como Marina, ela não vive apartada da sociedade moderna, mas nos principais centros econômicos do Brasil e dos Estados Unidos. A defesa abstrata da preservação da amazônia só é possível para quem realmente não liga a mínima para o povo da região. Na prática, a política do imperialismo defendida por ambas significa manter a população desse gigantesco pedaço do Brasil na mais absoluta miséria, privados dos avanços tecnológicos da humanidade e expostos a condições de vida precárias. Como Lula fez questão de lembrar, “quem mora na Amazônia tem direito a ter os bens materiais que todo mundo tem”.

A contradição insolúvel entre as duas políticas possíveis para a Amazônia marca um momento muito importante para o governo, que se elegeu sob uma plataforma de desenvolvimento nacional. Ou Lula avança nesse sentido ou seu governo não sustentará. O imperialismo tenta impedir o desenvolvimento dos países atrasados e conseguiu infiltrar pelo menos duas ministras no atual governo. É uma questão de sobrevivência política, Marina Silva deve ser expulsa do governo em defesa do povo brasileiro, da população pobre do Norte do país. Manter a ministra no cargo é pedir para que o governo seja sabotado por dentro. Todo esse carnaval atual foi armado para impedir não que o governo comece imediatamente a explorar petróleo no litoral do Amapá, mas que nem ao menos realize os testes para medir a quantidade de petróleo que está disponível para exploração. Ou seja, o Brasil não tem o direito nem de calcular o tamanho das próprias riquezas.

É importante pontuar que o Brasil não só deve explorar seu petróleo, mas que deve fazer isso com independência e em benefício do conjunto da população brasileira. Para isso, a Petrobrás precisa ser reestatizada, ela deve agir integralmente de acordo com os interesses nacionais e não de acordo com a vontade dos acionistas do mercado financeiro. Cada gota do petróleo brasileiro deve pertencer ao estado nacional e servir para desenvolver o país. Fora capachos do imperialismo! A Amazônia e o petróleo são nossos!

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