No dia 13 de junho de 2023, os deputados Ricardo Salles(PL-SP), ex ministro do meio ambiente de Bolsonaro, e Zucco (Republicanos-RS) invadiram as casas dos assentados da FNL(Frente Nacional de Luta) no Pontal do Paranapanema, interior de São Paulo.
A FNL é dirigida por José Rainha, que recentemente foi libertado após pressão dos movimentos de esquerda, incluindo o PCO.
Sem mandato de busca e apreensão os deputados invadiram residências particulares existentes dentro do assentamento.
Um pau mandado de Salles chegou a fotografar objetos dentro de uma residência.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) estava no local e se opôs a ação tentando garantir os direitos dos trabalhadores.
O engraçado da situação é que os deputados Bolsonaristas defendem a propriedade privada quando é para defender a sua própria e a de comparsas tipo latifundiários, grileiros, etc., mas não tem a menor cerimônia para invadir a casas de trabalhadores sem terra.
A partir do momento que existe uma construção, seja ela de pau a pique, de lona ou de alvenaria, nenhuma pessoa e principalmente representantes do poder público podem adentrar o local de moradia, o que poderia acontecer somente com ordem judicial ou flagrante delito, o que não se viu no caso.
O Bolsonarista Ricardo Salles ainda teve a coragem de dizer na cara dos assentados que aquilo onde ele estava “não era uma residência”.
A chamada CPI do MST, na realidade, é um ataque frontal do latifúndio a todos os sem terra e aos trabalhadores rurais do país.
Usam a CPI como fachada para justificar os ataques do latifúndio que vêm ocorrendo intensamente desde o golpe de estado de 2016.
Depois que Michel Temer tomou de assalto o poder da presidenta legitimamente eleita, o número de mortes no campo cresceu vertiginosamente, vários assentamentos foram retomados pelos seus “proprietários” e os capangas dos latifundiários passaram a amedrontar os sem terras e indígenas que estão em situação parecida em muitas partes do país.
É preciso dar um basta nessa situação e impedir que os integrantes da CPI do MST entrem nos assentamentos. Para isto, grupos de auto defesa devem ser criados de forma a impedir que esses deputados eleitos pelo latifúndio sequer ultrapassem os limites do assentamento.
Os grupos de auto defesa devem se organizar em turnos de forma a alertar todos os assentados da presença desses elementos fascistas, de maneira que todos estejam prontos a reagir conjuntamente para expulsar todos os elementos estranhos aos interesses dos sem terra, com o uso proporcional da força se necessário.