Durante a Conferência Estadual de São Paulo dos Comitês de Luta, o companheiro Antônio Carlos da Silva fez um discurso destacando a importância da atividade que está sendo organizada para o próximo final de semana em São Paulo, na Quadra dos Bancários. A III Conferência Nacional dos Comitês de Luta já conta, neste momento, com mais de 2000 pessoas confirmadas.
De acordo com Antônio Carlos, muitas lideranças da esquerda, sindicatos e movimentos sociais e populares já confirmaram presença e estão trazendo caravanas de todos os estados do Brasil. O principal dirigente dos Comitês de Luta Contra o Golpe fez também um balanço das atividades que já aconteceram em torno dessa grande atividade nacional. “Foram dezenas de Conferências municipais e estaduais, reunindo milhares de pessoas em todos os cantos do País”, afirmou Antônio Carlos.
A pauta que a Conferência se propõe a discutir e traçar planos práticos inclui o fim da tutela militar sobre o regime político brasileiro, a luta contra as conspirações golpistas, o aumento emergencial do salário mínimo, um ensino público e gratuito para todos, a reestatização da Eletrobrás e Petrobrás, a terra para quem nela trabalha, o fim da dívida pública com os especuladores, a diminuição do desemprego e a revogação de todas as reformas.
As mesas do primeiro dia (09/06) de atividade já foram organizadas e Antônio Carlos destacou durante sua fala:
9h – Luta pela terra Moradia e em defesa dos povos indígenas: com lideranças dos movimentos do campo e da cidade;
11h – A Luta por Educação e Saúde Públicas: Heleno Araújo, presidente da CNTE; senadora Tereza Leitão do PT-PE; deputada e professora Bebel, presidenta da Apeoesp;
14h – A luta por salário e emprego: deputado Vicentinho (PT) – ex-presidente da CUT Nacional; Paulo Cayres, secretário sindical nacional do PT, Antônio Carlos Silva da Corrente Sindical Nacional Causa Operária;
17H – Economia e soberania nacional: Rui Costa Pimenta, presidente do PCO; Roberto Requião (PT-PR); representante da Auditoria Cidadã da Dívida.
Antônio Carlos destacou que a atividade tem necessidade e precisa acontecer diante da situação política que se encontra o País. Por esse motivo, convoca todos os companheiros e lideranças a contribuir para que a atividade tenha grande sucesso. Lembrando que, em um evento desse tamanho e com uma grande quantidade de pessoas que vêm dos movimentos de luta pela terra, moradia, indígenas etc., é preciso muita ajuda para custear, alojar e alimentar todo mundo. Sendo assim, Antônio Carlos reforça:
“Nós estamos sofrendo dificuldade em relação ao próprio financiamento. Uma atividade como esta tem que ser sustentada pelos próprios trabalhadores, por aqueles parlamentares que foram eleitos pelos trabalhadores, dos sindicatos que têm que ter os recursos aí à disposição de impulsionar essa luta, que dizem respeito aos próprios trabalhadores e os mais diversos movimentos.”
Ele afirma categoricamente que a III Conferência vai acontecer, mesmo de uma forma “espartana”. “Vai ser como era os primeiros congressos da CUT, aqui o pessoal vai vir no pau de arara no ônibus, vai vir como der pra vir, nós vamos fazer caravanas modestas, almoço comunitário, alojamento simples, alguns companheiros vão ficar no próprio local da conferência, será uma noite só. Mas vamos levar uma dura luta para garantir que ninguém fique de fora. Se possível, vamos trazer os 2000 já confirmados e muito mais”.