Nessa segunda-feira (23), 35 ônibus foram queimados em sete bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro por moradores desses bairros devido à morte de Matheus da Silva Rezende. Diante dessa ação, os governos estadual e municipal afirmaram que vão intensificar as ações de terror contra toda a comunidade pobre desses bairros. 12 pessoas já foram presas, seis delas podem ser enviadas a presídio federal.
O Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), chamou a população revoltada de terroristas e prometeu restabelecer a “ordem”. No caso, leia-se desordem, pois essa guerra aos traficantes através da violência e terror policial promovido pelo Estado não acabará com os problemas que afligem as favelas do Rio de Janeiro e do País.
“Esses criminosos já estão presos por ações terroristas e, por isso, serão encaminhados imediatamente a presídios federais. Lá é local de terrorista”, afirmou o governador que finge não saber que o verdadeiro terrorismo é de quem oprime: as polícias e o Estado burguês, que massacram o povo pobre de todo País com a desculpa do combate ao tráfico de drogas.
O governador está em contato com outros direitistas, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que também age como um reacionário nato ao prometer intensificar a violência nas favelas.
“Não daremos um passo só para trás. O Estado não será tomado por criminosos. Nossas forças de segurança estão ativas e unidas. A população pode dar um voto de confiança porque essa luta é para libertar nossa população das facções, dessas verdadeiras milícias, que tentam tomar o poder no Rio de Janeiro”, ameaçou o governador.
O Ministro Flávio Dino, em seu perfil no X (antigo Twitter), também prometeu adotar a mesma receita sanguinária e ineficaz na resolução desse grave problema social que acomete todas as cidades do País:
“Estamos mantendo e ampliando operações diárias no Rio, no que se refere à competência federal, com realização de prisões, investigações, patrulhamento e apreensões. Vamos aumentar mais ainda as equipes federais, em apoio ao Estado e ao Município”, escreveu Dino, que infelizmente consegue o apoio de Lula nessa política criminosa.
Essas promessas do Ministério da Justiça são típicas da direita e da extrema-direita, servem para matar cidadãos pobres, oprimidos diariamente pela polícia. E enquanto essas operações de terror são postas em prática, o povo continua em estado de pobreza e os presídios lotados.
Para solucionar os problemas das favelas, um governo de esquerda, como é o caso do governo Lula, deveria investir na legalização das drogas, no fim de todas as polícias e na aplicação de políticas que garantam emprego e renda para a população. Nesse sentido, Dino e Castro não só não resolvem o problema, são parte de sua causa e contribuem com o massacre do povo pobre do Rio de Janeiro.