Em 1945, o imperialismo derrubou Getúlio Vargas, ele havia criado a Vale do Rio Doce e a CSN. Em 1950, ele retornou nos braços do povo ao governo, dessa vez com uma política ainda mais firme de defesa da industrialização do País. Um de seus grandes objetivos era a criação de uma empresa estatal de petróleo. A classe operária almejava o mesmo, só que de forma ainda mais radical. Não desejavam apenas criar a Petrobrás, queriam que todo o petróleo brasileiro, desde a extração até o refino, fosse estatal. A classe operária foi vitoriosa no dia 03 de outubro de 1953, assim foi criada a Petróleo Brasileiro S.A. E assim, Getúlio, que agora se organizava para criar a Eletrobrás, novamente foi derrubado pelo imperialismo em 1954.
O Brasil, em muitos sentidos, vive um momento parecido atualmente. A diferença é que a ditadura do imperialismo se tornou muito mais brutal nos últimos 70 anos. Há uma verdadeira guerra envolvendo todas as estatais. Desde o governo de FHC, a Petrobrás é minada de todas as formas possíveis pelo imperialismo. Primeiro com o próprio governo do PSDB, depois com a Lava Jato, depois com o governo Temer e, por fim, com Bolsonaro. A maior e mais importante empresa brasileira foi sendo destruída lentamente, apesar dela ser a que mais resiste. A Vale do Rio Doce caiu, a Telebrás caiu, a CSN caiu, a Eletrobrás caiu, mas a Petrobrás, uma das maiores conquistas da classe operária, apesar de mutilada, resiste.
Ela, portanto, deve ser o marco da virada. Por meio dela é que o processo de destruição da indústria nacional, que começou a partir da ditadura militar, deve ser enterrado de uma vez por todas. A Petrobrás deve ser reestatizada por completo, e não só isso, todo o petróleo nacional deve ser nacionalizada e passado para o seu controle. Nem uma gota de petróleo deve dar lucros à Shell, à Exxon Mobil, à Total Energies, à Statoil e aos acionistas da Petrobrás em Nova Iorque. Toda a gigantesca riqueza do petróleo deve ser usada para enriquecer o País, industrializar o Brasil, tirar o povo da miséria. Elevar o Brasil ao seu verdadeiro potencial.
Essa é uma campanha tão popular hoje como era nos anos de 1940 e 1950. Antes da criação da Petrobrás, os operários, os estudantes e inclusive os militares (que ainda possuíam uma ala nacionalista), realizaram uma gigantesca mobilização. O movimento é lembrando até os dias de hoje: “O petróleo é nosso!” Chegou a hora de voltar a gritar a mesma palavra de ordem. De norte a sul do Brasil, é preciso colocar na boca de todos os trabalhadores, de todos os estudantes: O petróleo é nosso! Nem FHC, nem a Lava Jato, nem Temer, nem Bolsonaro e nem o patrão de todos esses, o imperialismo, podem arrancar o que é de direito dos brasileiros. A Petrobrás será reestatizada por meio da mobilização geral da classe operária.
Nesse marco de 70 anos da fundação da empresa mais importante da América Latina, é preciso sair às ruas. Na próxima terça-feira, na Candelária, o Partido da Causa Operária (PCO) estará presente com seu bloco lutando pelo petróleo 100% estatal. É preciso que todos se somem a esta luta, uma das mais importantes, se não a mais importante de todas, na atual conjuntura nacional. Venha para o bloco do PCO no dia 03 de outubro! Venha lutar pelo petróleo 100% estatal! O petróleo é nosso!
Dia 03 de outubro, na Candelária, às 16h;
O ato se dirigirá à sede da Petrobrás na Av. Chile.
Divulgue a nossa convocação:

