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Hospital infantil Al-Rantisi

Desmascarando a justificativa de Israel para atacar hospitais

Máquina de mentiras do exército de Israel produz ficção barata para tentar convencer que é aceitável atacar hospitais.

A Força de Defesa de Israel, IDF em inglês, produziu mais uma peça de propaganda de guerra de péssima qualidade. Dessa vez, para justificar os criminosos ataques a hospitais na Faixa de Gaza. O hospital escolhido para as gravações foi justamente um hospital infantil, o al-Rantisi. Matéria assinada por Liz Little no portal de notícias Itv News disseca o vídeo divulgado por Israel apontando uma série de inconsistências que provam que essa é apenas mais uma mentira produzida pelos sionistas.

O porta-voz do vídeo é o contra-almirante do IDF Daniel Hagari. Segundo ele, os militares israelenses haviam encontrado “claras evidências” de que o Hamas operava no porão de um hospital. Uma rápida pesquisa mostra que a “descoberta” israelense serviu de base para uma quantidade gigantesca de manchetes na imprensa imperialista e seus papagaios mundo afora.

O mote central da peça de propaganda é a alegação de que os israelenses teriam encontrado um túnel do Hamas que levava ao hospital infantil al-Rantisi. Com a intensificação do bloqueio à Gaza, a falta de combustível para seus geradores de energia elétrica provocou o fechamento desse que era o único hospital infantil da região. É nesse cenário que os “corajosos” militares israelenses montaram o palco para tentar justificar os recorrentes ataques a hospitais, pois a repercussão da covardia dessas ações tem repercutido muito mal para Israel.

A matéria destaca que o objetivo de Israel com o vídeo seria aproveitar uma brecha na tal “Lei Internacional”, que deixa de fora da sua suposta “proteção” hospitais que forem comprovadamente usados para armazenar armamento ou combatentes. A qualidade do vídeo sofreu uma avalanche de questionamentos de setores jornalísticos que não estão no bolso do imperialismo, o que motivou a análise feita pelo ITV News. Vamos elencar os questionamentos levantados.

Túnel que levaria ao hospital

Hagari inicia o vídeo com a alegação da descoberta de um túnel, que estaria localizado próximo à casa de uma das lideranças envolvidas nos ataques de 7 de outubro a 200 jardas do Hospital al-Rantisi (cerca de 183 metros). Ele afirma em seguida que um robô foi enviado 20 metros túnel abaixo, onde teria descoberto uma porta à prova de balas e explosivos.

Apresentada como “clara evidência” do direcionamento do túnel ao hospital, de fato as imagens fornecidas não chegam nem a sugerir isso. A matéria chama atenção para o fato de que um texto no vídeo sugere que Hagari teria caminhado “por um dos túneis subterrâneos dos terroristas do Hamas – saindo no hospital Rantisi de Gaza do outro lado”. No entanto, o vídeo não mostra ele caminhando em nenhum túnel. Enquanto isso, durante entrevista a jornalistas da CNN foi mostrado que Hagari entrou na verdade por um buraco na parede do hospital, buraco produzido pelos ataques israelenses. Na mesma entrevista, ele admitiu que o IDF ainda estava investigando essa ligação entre túnel e hospital.

“Evidências” de operações do Hamas no hospital

Outro ponto fundamental do vídeo é a alegação de que teria descoberto um centro de operações do Hamas no porão do hospital infantil. Como a polícia faz recorrentemente aqui no Brasil, os militares israelenses montaram uma exposição no chão mostrando materiais que teriam sido apreendidos no local, como coletes de explosivos, bombas, rifles automáticos e granadas lançadas por foguetes. Assim como aqui no Brasil, esse tipo de exposição montada não prova absolutamente, mas serve para justificar a brutalidade contra civis.

Em seguida, mostra como “prova” de que o lugar seria usado como cativeiro para reféns a existência de um banheiro e uma cozinha improvisados. Mostra também uma moto que alega ter sido usada nos ataques de 7 de outubro para levar reféns ao hospital, sem apresentar qualquer evidência que aponte nesse sentido. A última “prova” mostrada foi um pacote de fraldas no chão e uma pequena garrafa ao lado de uma peça de roupa feminina em cima de uma cadeira. Uma pequena corda no chão é mostrada como “prova” de que servia para amarrar reféns à cadeira. Diante da alegação de possuir “claras evidências” o material mostrado está muito longe de servir a esse propósito.

“A lista de terroristas”

Outra imagem apontada como importante “evidência” de que o Hamas operava no hospital seria de uma lista de nomes e datas encontrada na parede do porão. A lista é apresentada como uma distribuição de turnos para vigiar os reféns israelenses. Na verdade, os nomes escritos em árabe são os dias da semana. Ou seja, a tal “lista de terroristas” era um mero calendário na parede. O que mostra que os sionistas nem se esforçam minimamente para produzir suas mentiras.

Genocídio segue em marcha

Vale destacar que essa peça de propaganda mal feita serviu para justificar que Israel continue a bombardear massivamente locais de aglomeração de civis em Gaza. Um dos mais recentes foi o ataque ao hospital al-Shifa, que abrigava cerca de 7.500 palestinos.

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