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Israel

“Desintegração do regime israelense é inevitável”

Israel segue com protesto contra a reforma do seu judiciário, a reforma foi aprovada no Comitê Jurídico do Parlamento de Israel no dia 5 de julho, por nove votos a sete.

Israel segue com protestos contra a reforma do seu judiciário, medida essa que foi aprovada no Comitê Jurídico do Parlamento do país no dia 5 de julho, por nove votos a sete, sendo ratificada no de 24 de julho pelo Legislativo.

A reforma impede que a Suprema Corte de revisar as decisões governamentais alegando o “princípio da razoabilidade”. Em resumo, a reforma limita a intervenção do da Suprema Corte no regime político israelense.

Colcha de retalho

Israel é um Estado artificial, um país criado com diversos grupos imigrantes distintos e antagônicos. As instituições sionistas foram utilizadas para recrutar comunidades judaicas, principalmente de todo o norte da África, do Iraque, da Síria, do Líbano, do Iêmen e do Curdistão.

A sociedade estabelecida era uma ditadura, com um verdadeiro apartheid, aos moldes da África do Sul. Embora teoricamente todos fossem judeus, havia uma classe dominante de origem europeia secular, aos judeus árabes e africanos restavam servirem de mão de obra similar à escrava.

Os manifestantes pró-imperialistas, principalmente a reserva das forças armadas israelenses, afirmam que a reforma do judiciário ameaça a democracia no país. Entretanto Israel nunca teve democracia, é um Estado racista que não reconhecia os direitos básicos de negros e pardos. 

A luta por direitos democráticos era um dos principais pontos de defesa do Movimento dos Panteras Negras de Israel. Os mesmos atuaram na década de 70, denunciando o tratamento dispensado à classe operária, principalmente aos trabalhadores de origem árabe e africana.

Enclave político do imperialismo

A principal motivação da criação do Estado de Israel foi a necessidade do imperialismo de ter um enclave militar na região. Israel é hoje o principal instrumento de intervenção imperialista no Oriente Médio.

Nestas pouco mais de 7 décadas de existência do Estado de Israel, o mesmo já entrou em conflito armado com todos os seus vizinhos Líbano, Egito, Síria e Iraque. Entretanto, o povo atingindo mais profundamente foi palestino, que teve parte significativa de sua população expulsa e forçada a imigra.

Não podemos deixar passar em branco que Israel foi fundada em 1948, após expulsar naquele momento quase um milhão palestino com suas forças paramilitares, o Irgun. Toda essa ação criminosa foi sancionada com o reconhecimento do Estado de Israel pelo imperialismo, tendo à frente Estados Unidos e Grã Bretanha, e também pela União Soviética de Stálin, mais uma traição inimaginável à classe operária, na conta do “organizador de derrotas”.

Preocupação de Washington

Desde o estabelecimento do enclave de Israel no Oriente Médio, houveram diversas mobilizações no novo Estado. Algumas com porte considerável, colocando alterações na correlação de força nas de Israel, conquistando paliativos.

Entretanto, mesmo com manifestações em frente a Casa Branca, nunca houve uma manifestação de preocupação de Washington. O que mudou nesse momento, é o posicionamento do governo em relação ao imperialismo.

Sendo essa reforma uma ação preventiva do governo, contra a intervenção imperialista. O vislumbre de uma tendência à independência, face a demonstração de fraqueza do imperialismo no último período.

“É um debate acalorado, mas também é uma virtude e um tributo à grandeza da democracia israelense”, disse Herzog a Biden. “Permitam-me reiterar, claro como a água, que a democracia israelense é sólida, forte e resiliente”.

Ponto de tensão

O ponto de tensão atual, está justamente na falência da política imperialista de manutenção dos seus enclaves militares. Isso foi demonstrado claramente na Guerra da Ucrânia, onde parte do imperialismo europeu reconheceu abertamente a iminente derrota nesta disputa.

O imperialismo hoje, não é capaz de municiar adequadamente os seus capachos, sem comprometer seus estoques bélicos. Há uma crise no fornecimento de matérias primas e inclusive tecnológicos, afetando a supremacia das forças imperialistas.

A questão passa longe de ameaças à “democracia judaica” como alegam os “irmão de armas”, Israel nunca respeitou direitos democráticos, que o diga os palestinos. O lastro da disputa são os interesses do imperialismo na região, essa é a motivação do Biden.

Biden chegou a receber Herzog no Salão Oval no dia 18 de julho, na ocasião Herzog declarou: “Você sabe que meu amor por Israel está muito enraizado e é duradouro”.

Desintegração inevitável

Na realidade o Estado israelense sempre foi insustentável, sem a intervenção direta do imperialismo. Sem o armamento, financiamento de suas forças armadas o enclave não perdura, logo desabaria.

Nestes momento as contradições de interesse com imperialismo torna-se ainda mais agudas. A cada dia, também diminui a capacidade das potências imperialistas imporem seus interesses pela intimidação militar.

Neste momento, uma parte da burguesia israelense tende a colocar seus interesses na frente dos interesses imperialistas, distanciando de sua política para a região. Essa é a real preocupação de Washington.

Como sempre, a imprensa capitalista segue numa campanha pró-imperialista, colocando as manifestações como uma defesa da democracia. Uma tentativa de intervenção imperialista na política do governo Isaac Herzog.

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