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França

Desejo dos franceses de ajudar a Ucrânia é cada vez menor

Franceses não "entendem" porque o pão está cada dia mais caro e eles é que pagam a conta.

Em entrevista para à Sputnik, o fundador dos Coletes Amarelos Thierry-Paul Valet disse que os franceses não estão mais apoiando o envio de ajuda à Ucrânia frente a grave crise econômica que estão passando.

Segundo Thierry, “no início da guerra na Ucrânia, houve aqui uma grande solidariedade com os refugiados ucranianos, especialmente mulheres e crianças… Mas, um ano depois, estamos em uma crise econômica muito grave. As pessoas na França não entendem mais porque estamos dando tantos milhões de euros à Ucrânia, enquanto eles são obrigados a fazer esforços para lidar com a vida cotidiana”. O preço do pão não para de crescer e as padarias não sabem como lidar com a situação. 

Thierry coloca que a população não está entendendo isso, por um lado há centenas de milhares de euros sendo escoados para ajudar à Ucrânia, e por outro o governo está cada dia mais exigindo da população ao invés de cobrar impostos dos ricos e das grandes empresas. Thierry ainda pontua que, “portanto, há um aumento das atitudes populistas por causa de um mal-entendido crescente. A guerra na Ucrânia e a ajuda à Ucrânia causam cada vez mais desaprovação”. 

Desde os protestos dos Coletes Amarelos em 2019, que a popularidade do presidente francês Emmanuel Macron não ficava tão em baixa. Uma pesquisa da IFOP – Instituto Francês de Opinião Pública, encomendada pelo jornal “Le Journal du Dimanche”, mostra que o índice de aprovação de Macron está em 28%. 

O estopim da explosão das manifestações na França foi a reforma da previdência onde a idade para aposentadoria passou de 62 para 64 anos, reforma que Macron passou mesmo quando os franceses já estavam demonstrando sua reprovação, e por isso usou de artifícios antidemocráticos para aprová-la. Em março, a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, ativou pela 100ª vez desde 1958, o artigo 49.3 da Constituição, o qual permite adotar uma lei sem o voto do Parlamento quando o governo não conta com a maioria necessária. Já houveram sete greve gerais e centenas de manifestações com mais de um milhão de participantes e com uma repressão violenta do Estado.

Mas a reforma da previdência é apenas um dos motivos para a explosão dessa revolta, existem causas mais profundas que é a dura crise econômica  que perdura no país  decorrente em grande parte de seu envolvimento na guerra na Ucrânia, e o povo francês sabe disto pois são os maiores prejudicados. As tarifas estão caríssimas, a inflação galopante. Trata-se de um governo controlado 100% pelos banqueiros. Mas a França não pode ir na contramão do que ocorre nos outros países europeus. Itália, Inglaterra, Alemanha, Áustria, República Tcheca, Suécia e outros países viram a queda de seus governantes neoliberais recentemente. A crise capitalista deixou a Europa refém de um efeito dominó em que os governos que aplicam a política integral dos bancos estão caindo um por um. 

É importante pontuar que Macron usa de artifício antidemocrático pois está enfraquecido, a França está literalmente pegando fogo e o presidente não tem apoio nem do Parlamento nem de 72% do povo francês, pode ser a próxima pedra do dominó a cair.

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