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"Mulher negra no STF"

Deputadas do PT e PSOL aderem à campanha das ONGs imperialistas

Lula, até agora, não se dobrou à pressão da campanha imperialista. Mas a campanha continua, como mostra a carta assinada por deputadas do PT e PSOL 

Em mais um episódio da campanha do momento impulsionada pelo imperialismo, deputadas de partidos da esquerda, em especial do PT e do PSOL, enviaram carta ao presidente Lula pedindo a indicação de uma mulher negra para o STF (Supremo Tribunal Federal).

Benedita da Silva (PT-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Carol Dartora (PT-PR), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Luiza Erundina (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ), entre outras parlamentares, são algumas das signatárias.

Logo no início da carta, as deputadas criticam os rumos do governo Lula. “O Brasil passa por um processo de retomada da democracia e para tal é necessário fazer composições que permitam a governabilidade. Porém, sem representatividade e sem diversidade nos espaços de poder, essa retomada fica comprometida”, afirmam. Para elas, “a escolha por uma mulher negra ao cargo de ministra da Suprema Corte representa um avanço político-social crucial e confirmaria o compromisso deste Governo com a igualdade, com a inclusão e com a diversidade”.

Com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, cabe ao presidente escolher um novo integrante da Corte. Movida pela esquerda pequeno-burguesa, dominada pela ideologia identitária e alimentada pelo imperialismo, a campanha por uma “mulher negra no STF” cumpre a função de desgastar o governo Lula pela esquerda e constitui de fato no prelúdio de uma campanha golpista. O dado preocupante dessa carta é a adesão substancial de parlamentares do próprio partido do presidente à campanha.

Lula já afirmou que cor e gênero não serão os critérios utilizados para determinar o novo ocupante da vaga no tribunal. E nisso está absolutamente certo. A reivindicação em defesa de uma “mulher negra no STF” parece muito importante, mas na realidade é ineficaz e inofensiva. Ela não melhora em nada a situação do povo negro, nem afeta os interesses da burguesia. Justamente por isso essas campanhas são usadas para intervir no jogo político. No caso, pressionar o governo Lula em favor de interesses estranhos aos do povo brasileiro. Quem realmente está a favor dos direitos dos negros tem a obrigação lutar por reivindicações reais, concretas, como o fim da PM, o fim do vestibular, por direitos e pelas reivindicações dos trabalhadores que no Brasil são em sua maioria mulheres e negros.

Já está claro que é o imperialismo quem está promovendo essa campanha. A carta assinada por deputadas do PSOL e do PT foi precedida por outdoors na Índia, vídeos bem-produzidos exibidos na Times Square em Nova Iorque e declarações de funcionários do governo norte-americano. Quem conduz diretamente a campanha são ONGs financiadas com dinheiro estrangeiro.  Apenas a ingenuidade ou má intenção pode apoiar a ideia segundo a qual os desejos de igualdade racial e de gênero do imperialismo norte-americano são os estímulos que presidem essa campanha.

A campanha por uma “mulher negra no STF” não é senão uma campanha conduzida por carreiristas ― a tal “representatividade”, tão defendida pelos identitários, é a luta para ocupar cargos por um punhado de privilegiados das ditas “minorias” ― com o objetivo fundamental de infiltrar figuras financiados por organizações de fora do país dentro das instituições do país. Não tardou a vir à tona que as candidatas a ocupar a vaga no STF, indicadas pelas ONGs, foram todas defensoras à época da Operação Lava Jato, isto é, da operação golpista vinculada diretamente aos órgãos da política externa norte-americana. A campanha serve exatamente para isso, e mais nada.

Lula, até agora, não se dobrou à pressão. Mas a campanha, como mostra essa carta, continua. 

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