Walter Delgatti Neto, conhecido como o “hacker da Lava-Jato”, expôs hoje (17), em seu depoimento na CPMI do 8 de janeiro, como as urnas eletrônicas podem ser fraudadas caso se tenha acesso ao seu código-fonte.
Delgatti informou que Duda Lima, o marqueteiro de Bolsonaro, pedira-lhe para que criasse um código-fonte falso a fim de demonstrar que é possível que a urna registre um número diferente daquele pressionado pelo eleitor no momento da votação.
Segundo Delgatti:
“A segunda ideia era, no dia 7 de setembro, eles pegarem uma urna (emprestada da OAB, acredito) e que eu colocasse um aplicativo meu lá, e mostrasse à população que é possível apertar um voto e sair outro. […] O código-fonte da urna, eu faria o meu, não o do TSE […] quem tem acesso ao código-fonte antes de compilá-lo, é possível inserir linhas que façam com que o código-fonte é o código aberto, que tem diversos arquivos e, compilado, ele vira apenas um, que é o que estava na urna… quem tem acesso ao código-fonte antes de compilá-lo, consegue inserir linhas que façam com que seja apertado um voto e o resultado seja outro. Lembrando que […] o código-fonte obedece a quem está criando ele […] a ideia era demonstra que a urna, se manipulada, sai outro resultado”.