Em meio a uma crise generalizada no Reino Unido onde milhares de trabalhadores entraram em greve por aumento de salários a imprensa tenta usar subterfúgios para esconder o tamanho da coisa. Segundo informações mais de meio milhão de pessoas saíram às ruas e estão paralisados atualmente reivindicando direitos. Na última quarta-feira (1), centenas de escolas e universidades ficaram fechadas, uma grande das ferrovias também estão paradas e até mesmo os bombeiros decidiram cruzar os braços após vinte anos da categoria fazer uma greve.
No entanto a imprensa venal sabendo do tamanho da crise que enfrenta o governo, trata de tentar ocultar a situação da população com pautas identitarias por exemplo. A polêmica que encapa as principais manchetes dos grandes jornais do país e do mundo diz respeito a uma presidiária transexual que no passado teria estuprado uma criança do sexo oposto e que agora estaria em um presídio feminino. É mais do que claro do que se trata, estão a política identitária para ofuscar a situação critica que passa o Reino Unido.
Em todo território escocês onde se desenrola toda a polêmica sobre a presidiária trans, tem o total de 15 pessoas presas e que tem a mesma identificação sexual. Por outro lado centenas de milhares de trabalhadores lutando nas ruas por melhores condições de trabalho, a imprensa finge não ver. Professores, maquinistas de trens, portos e aeroportos, tudo parado, quando nesse momento a inflação no país chega a marca de 10,5%. Embora cada setor tenha suas reivindicações, todos estão unidos para exigir aumentos salariais diante de uma inflação.
“Sou professora em Londres, e estou com muita dificuldade para pagar meu aluguel”, disse à AFP Ciara Osullivan, de 38 anos, diante da escola em que trabalha. “Tenho filhos pequenos e gostaria de dar algo além do básico para eles”, lamentou, garantindo que atualmente “ser professor é muito estressante” e envolve jornadas de dez horas diárias. Afirmou Osullivan para o site de noticias UOL.
O debate identitário que é uma politica clara do imperialismo, ao qual apresenta um debate raso, abstrato e que em nada irá modificar a situação da classe operária britânica ou em qualquer outro país, sempre entra em campo quando governo neoliberais, direitistas entram em confronto direto com a classe trabalhadora e oprimida dos países. É uma forma de manchar a luta concreta dos operários ou colocá-la em segundo plano. Porém até certo ponto ela pode funcionar, por outro lado com o aquecimento da situação politica no país ele deve ser totalmente jogada de lado e atropelada pela força do movimento operário.