Ontem, o Movimento de Resistência Islâmica, HAMAS, reagiu à violência imperialista e aos massacres do Estado de israel. No ritmo das declarações de “Decidimos dizer basta!”, proferidas por Mohammad Deif, militar de alta patente do Hamas, o povo palestino foi convocado a luta e Israel foi atingida por mísseis e ataques militares.
O território israelense foi invadido pelo HAMAS, e o ocorrido deixou de imediato dezenas de mortos, feridos e reféns do exército israelense. Isso é um marco histórico, algo que nunca aconteceu e representa a maior crise que Israel já passou, bem como, o levante revolucionário mais importante dos palestinos.
O HAMAS deve ter apoio total e incondicional de toda a esquerda e de todos os povos oprimidos. Não se trata do “desprotegido” governo de Israel atacado pelos “terroristas” do HAMAS. Mas sim, de um levante de um povo oprimido contra um dos maiores massacres históricos que já existiram na humanidade.
A imprensa burguesa, bem como em colocações vergonhosas da esquerda, ataca-se o grupo islâmico como se fossem grandes “terroristas” que estão incitando a violência em Israel. É o pretexto de sempre utilizado pelo imperialismo para deslegitimar a luta dos povos oprimidos. Até a própria defesa da paz, contra as guerras, como se portou equivocadamente Lula, é também parte da campanha para imperialista para manter sua dominação e o verdadeiro massacre que organiza contra os palestinos.
Os palestinos são esmagados diariamente há quase um século pelo exército israelense. A cada ano, são centenas de mortos, famílias perdem suas casas, e como denunciou o próprio Hamas, a economia do País é completamente destruída. Diante disso, a “solidariedade” internacional não faz absolutamente nada. Ninguém diz que é um crime de guerra, ninguém diz que é terrorismo.
O que acontece contra os palestinos é fascismo. O estado de Israel busca destruir todas as formas do povo palestino se organizar, seja com assassinados, com bombas de gases. É uma propagação de terror. Agora, quando o HAMAS se coloca frontalmente contra estes ataques, precisamos dar o nosso completo apoio.
No caso do Afeganistão o problema era semelhante, mas com os palestinos a destruição imperialista consegue ser ainda pior. Enquanto Palestina não tem exército, Israel tem um dos mais bem armados do mundo. Assim como os afegãos lutaram com pedras contra mísseis, os palestinos estão fazendo o mesmo, agora com ajuda do HAMAS.
E ainda, mesmo sendo uma organização armada, o HAMAS não chega nem aos pés de algo perto parecido com as forças do estado de Israel. Os palestinos foram sistematicamente derrotados pelo exército infinitamente superior, e agora, o HAMAS quebrou recordes e garantiu um respiro para os palestinos.
O marxismo sempre tratou o imperialismo como uma época de guerras e revoluções, como já é visto em todo turbulento século XX. Agora, logo depois dos levantes africanos contra os governos subordinados ao imperialismo, o HAMAS revidou bravamente a violência que o povo palestino sofre.
É possível que o estado de Israel, com um apoio dos norte-americanos que já falaram que darão todas as armas necessárias para que o lado completamente armado se defenda dos pobres coitados que possuem armamentos próximos a pedras e paus. A relação política ainda não é favorável, mas, independentemente de como terminará, não há dúvida que temos a maior crise de todos os tempos do estado de Israel e um fato absolutamente novo na política mundial.
Todo apoio ao povo palestino e ao HAMAS!