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Derrota do imperialismo

Crise na Ucrânia se encontra em sua fase terminal

Cortina de propaganda da imprensa imperialista já está rasgada e não esconde o fracasso dos Estados Unidos na Ucrânia.

A cobertura da imprensa imperialista mostra que o abandono à operação imperialista na Ucrânia não é uma perspectiva futura, mas uma realidade do presente. Cerca de cinco meses após a tão alardeada “contraofensiva ucraniana”, o governo Zelensky se mostrou um sucesso apenas no consumo de recursos norte-americanos. Deixando de lado esporádicas peças de propaganda, supervalorizadas por porta-vozes do imperialismo como o New York Times, a tal contraofensiva foi um fracasso absoluto. Agora, fica cada vez mais claro que o imperialismo está pondo em marcha uma operação para encerrar o conflito da forma menos vexaminosa o possível.

Para se ter uma ideia, o New York Times soltou uma matéria nesta terça-feira intitulada “O apoio à Ucrânia atingiu o pico? Alguns temem isso”. O texto assinado por Steven Erlanger, ao mesmo tempo em que tenta relativizar o fracasso da operação na Ucrânia, aponta diversos sinais de que “a vaca já foi pro brejo”. Erlanger cita o desespero de Zelensky ao perceber que ficaria em segundo plano diante do apaixonado apoio norte-americano ao genocídio na Palestina. Cita ainda a campanha de grande parte dos políticos do Partido Republicano contra o financiamento massivo à Ucrânia.

Outro ponto importante destacado na matéria é que assume que sem o financiamento norte-americano, a Ucrânia fica órfã, já que a Europa não tem condições de arcar com esse prejuízo. Como expresso abertamente pelo chefe dos Negócios Estrangeiros e da Política de Segurança da União Europeia, Josef Borrel Fontelles: “A Europa não pode substituir os Estados Unidos. Certamente podemos fazer mais, mas os Estados Unidos são algo indispensável para o apoio à Ucrânia”.

Passando a vista ainda no site no New York Times, nos deparamos com outra matéria, assinada por Andrew E. Kramer e Maria Varenikova. O título já entrega o nível da crise ucraniana: “ ‘Se não eu, quem?’: Enquanto a Ucrânia procura tropas, as mulheres se preparam para o chamado”. Ora, se a tal contraofensiva seria prova da força ucraniana no conflito, como é possível que estejam apelando para o recrutamento feminino? Antes que alguém pense se tratar de um questionamento machista, a própria matéria informa que devido à falta de soldados, a Ucrânia foi progressivamente derrubando restrições à participação de mulheres no exército. Entre elas a proibição de conduzir caminhões, tanques e usar metralhadoras, além de aumentar o limite de idade para 60 anos.

Com o cinismo tradicional da imprensa imperialista, a matéria produz pérolas como “o apoio do Exército Ucraniano às mulheres é um passo em direção à igualdade, sem dúvidas, mas também reflete o enorme custo que a guerra impôs”. Como é lindo o mundo de faz de conta pintado pelo New York Times! A abordagem ao gosto identitário diz que “as sessões de treino exclusivamente femininas visam proporcionar um ambiente de aprendizagem onde as mulheres não se sintam menos informadas do que os homens e onde seus esforços não sejam continuamente comparados com a força física masculina”. Como questionaria o craque Garrincha, será que já combinaram com os russos?

Os autores deixam escapar o contexto no qual aparece esse recrutamento feminino:

“As centenas de milhares de homens que queriam ser voluntários no início da guerra, muitos deles fazendo fila no primeiro dia, já aderiram; muitos estão mortos ou feridos. A Ucrânia precisa agora mobilizar e treinar muito mais soldados para sustentar a sua resistência à invasão russa, mesmo quando os homens se esquivam cada vez mais ao recrutamento”.

Ou seja, por trás da propaganda o que se tem é um quadro de desintegração do exército ucraniano. Após muitos bilhões de dólares investidos pelos Estados Unidos para impor uma crise à Rússia, o fracasso da operação não pode mais ser negado por sua imprensa. A União Europeia, por sua vez, já investiu cerca de 83 bilhões de euros, conforme divulgado pela CNN. É um mundo de dinheiro gasto por países que já enfrentam crises sociais dentro das próprias fronteiras. Para financiar algo que é percebido por cada vez mais pessoas como uma operação falida.

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