Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Crise da Social-Democracia

Crise da social-democracia alemã se aprofunda

O SPD, partido de Olaf Scholz, foi derrotado nas eleições parlamentares em Berlim, tendo o pior resultado desde o fim da 2ª Guerra Mundial

Neste último domingo (12), ocorreram as eleições parlamentares de Berlim, na Alemanha. O pleito foi repetido, tendo a primeira tentativa ocorrido em setembro do ano passado. No entanto, em meio à crise política, ele foi cancelado e adiado para este ano seguinte. Esse fato, por si só, já mostra a situação crítica em que se encontra o regime político alemão.

O partido Social-Democrata Alemão, um dos mais tradicionais do país, sofreu uma dura derrota, ficando com 18% dos votos, atrás do conservador CDU – de Angela Merkel – que pontuou 28%. Trata-se do pior resultado da social-democracia desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Os social-democratas governavam o estado de Berlim há 22 anos, em coalizão com os verdes e com os esquerdistas do Die Linke, que receberam, respectivamente, 18% e 13% dos votos.

Essa votação pode tirar a prefeita social-democrata, Franziska Giffey, do seu cargo, bem antes do final do mandato. Ela lembra, porém, que a maioria obtida pela CDU não é estável, para manter o governo. Procurando diminuir o tamanho e impacto da derrota, afirmou:

“Devemos ver com muita clareza que este resultado mostra, primeiro, que os berlinenses não estão satisfeitos com o que existe. Eles desejam que as coisas sejam diferentes”

Essa derrota da Social Democracia é mais uma demonstração da crise dos principais partidos do imperialismo ao redor do mundo, o que tem significado, principalmente, um fortalecimento da extrema-direita.

Na Alemanha, essa já é mais uma em uma série de derrotas dos social-democratas. Anteriormente, houve o caso do pleito regional ocorrido na região da Saxônia-Anhalt, anteriormente pertencente à Alemanha Oriental, em que a Social-Democracia teve uma votação ínfima, e a vitória ficou com o partido de direita, CDU, de Angela Merkel, com 30% dos votos, mas com a extrema-direita (AFD), logo atrás, com 26%.

Ainda é importante ressaltar que, no caso das eleições regionais da Saxônia-Anhalt, durante todo o período que precedeu o pleito, havia um empate entre o CDU e o AFD, com a superação da direita tradicional apenas nos últimos momentos.

O SPD (Partido Social-Democrata Alemão) é o partido de Olaf Scholz, primeiro-ministro da Alemanha. O fato de ele não ter conseguido eleger maioria no parlamento de Berlim, um dos estados em que tradicionalmente é predominante, demonstra o seu grande enfraquecimento. A própria crise mencionada em torno das eleições em Berlim já é um demonstrativo dessa crise.

O partido só chegou ao poder também graças à aliança que fez com o partido conservador de Angela Merkel, o que também configura uma maior guinada à direita da Social-Democracia. A crise é total. O SPD é um importante instrumento do imperialismo e essas derrotas (além desta, houve derrotas nos municípios, rachas internos, crescimento da extrema-direita etc.) representam uma diminuição do poder que o imperialismo tem para influir na situação política alemã.

A crise tende a se acentuar com a guerra na Rússia e o apoio indiscriminado do governo alemão à Ucrânia. O envio de armas já incomodou um amplo setor da população, que saiu para protestar nas ruas contra essa situação. A crise energética que decorre do boicote aos russos também é um importante fator nessa situação.

Em toda a Europa, a situação é semelhante. A extrema-direita tem crescido na França, na Itália, na Inglaterra está no governo, com o mesmo ocorrendo até mesmo nos EUA. Para superá-la, é preciso reorganizar os partidos operários tragam as principais reivindicações dos trabalhadores e mostrem que há uma alternativa ao neoliberalismo que não seja a alternativa fascista.

Enquanto toda a esquerda europeia tem se tornado subserviente ao imperialismo, adotando o identitarismo como principal ideologia e apoiando toda a política imperialista, a extrema-direita tem procurado se apresentar como “antissistema” e está conquistando o apoio de uma fatia da classe operária e outros setores esmagados da sociedade.

É preciso que a esquerda volte a levantar as bandeiras que interessam à classe operária, em todos os países. Além disso, é preciso levantar novamente a bandeira do socialismo, da luta contra o capitalismo, que está em franca decadência, como se pode ver na crise dos principais partidos do imperialismo.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.