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Privatização da Copel

Copel e Eletrobrás: o imperialismo está roubando o Brasil

Nesta semana a Companhia Paranaense de Energia (Copel), comunicou que o governo do Paraná diminuiu sua participação na empresa.

Nesta semana a Companhia Paranaense de Energia (Copel), comunicou que o governo do Paraná diminuiu sua participação na empresa. Agora, assim como a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras), a Copel segue no formato “corporation” onde supostamente não há um controlador majoritário, mas os grandes capitalistas determinam toda política.

A Copel

A Copel foi fundada em 1954, com uma sociedade anônima visando assumir as empreitadas de iniciativas privadas, das prefeituras e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), antigo Serviço de Energia Elétrica do Paraná. Passando a coexistir com o DAEE e herdando a infraestrutura deste.

A Copel, maior empresa do estado do Paraná, manteve o seu capital fechado até abril de 1994, estreando na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros – BM&FBovespa. Foi a primeira empresa brasileira do setor elétrico a ser listada na Bolsa de Valores de Nova Iorque.

Entretanto, até este ano o controle acionário da empresa estava sob domínio do governo do Estado Paraná. Sendo totalmente privatizada nesta última oferta de ações.

Nas mão do imperialismo

Chama atenção a inserção das ações da Copel nos mercados norte-americanos e europeus. Havendo significativa participação desses monopólios imperialistas na vida acionária da empresa.

Não podemos deixar de salientar que o capital da Copel foi fruto de uma iniciativa pública para atender a necessidade de desenvolvimento da região. Esse capital tornou a Copel a maior empresa do estado e agora está entregue ao imperialismo.

5,7% para a 3G Radar

Nessa última oferta de ações estatais a 3G Radar, nome fantasia do trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Alberto Sicupira, adquiriu 5,7% da Copel. O mesmo trio de sócios da Americanas que promoveu a fraude contábil, aplicando um golpe milionário no Brasil. Eles controlam empresas como a Burger King, AB InBev e Kraft Heinz.

Quando questionada sobre a questão, a direção da Copel respondeu: “qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou compra e venda de valores mobiliários”.

O nível predatório da ação desses bilionários foi parcialmente exposto no caso da Lojas Americanas. Essa negociação teria movimentado R$ 5,3 bilhões.

5,6% para a GQG Partners

O trio de bilionário já havia adquirido 5,7% através da 3G Radar, nesta última semana foi divulgado que os mesmo capitalistas teriam se apossado de mais 5,6% das ações da Copel através da GQG Partners, somando 11,3% da empresa apenas nessas transações.

Assim, apenas através dessas duas pessoas jurídicas esses bilionários teriam uma parcela significativa da Copel. Levando a direção da Copel, a emitir um comunicado na noite de terça-feira,  dia 15, divulgando que a compra seria minoritária “intenção de adquirir o controle”.

“A GQG declarou que se trata de um investimento minoritário que não tem o objetivo de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da Companhia”. Complementou: “Atualmente, a GQG Partners não pretende adquirir, em nome de seus clientes, quaisquer ações adicionais de emissão da Companhia com a intenção de adquirir o controle ou alterar a estrutura administrativa da Companhia.”

Uma ofensiva imperialista

A quantidade processo de privatização no setor elétrico, e a efetiva apropriação de uma parcela expressiva desse setor pelo imperialismo demonstra haver uma uma ofensiva imperialista neste para este setor.

O caso mais importante foi justamente o da Eletrobras.  Fruto da mesma iniciativa política em 1954 de Getúlio Vargas que estimulou a criação da Copel a Eletrobras, a empresa era a maior do setor na América Latina e uma das maiores do mundo.

A privatização da Eletrobras concretizou-se plenamente no ano de 2022, durante o governo Bolsonaro, sendo uma espoliação do patrimônio público. Atualmente o governo detém apenas 39,47%, estando 34,85% União, 2,19% BNDES e 2,43% Fundos do Governo, o restante encontra-se nas mãos da iniciativa privada.

O volume das negociações demonstra haver o interesse do imperialismo de se apropriar da infraestrutura nacional, principalmente o setor energético.

Segurança falimentar e soberania

Desconsiderando que as privatizações foram verdadeiros assaltos ao patrimônio público, o desenvolvimento desse setor, bem como o seu domínio estatal, são essenciais para assegurar o desenvolvimento nacional. O simples fato dessas sociedades terem o seu capital aberto já questiona a sua natureza. Já a transferência do seu controle aos monopólios imperialistas é uma ameaça à economia nacional.

Estando a política dessas empresas subordinada aos interesses específicos, contrários ao nosso desenvolvimento industrial. Interesses esses estranhos ao país, fere a soberania nacional, impedindo qualquer possibilidade de independência.

intervenção e sabotagem imperialista

Recentemente a sabotagem dos gasodutos e oleodutos Nord Stream, demonstraram qual a disposição imperialista para atender os seus interesses. O imperialismo norte-americano, subjugando interesses dos seus sócios imperialistas menores da Europa, atacou essas infraestruturas de comércio com a Rússia.

Se contra uma potência militar e nuclear, o imperialismo tem esse ímpeto, podemos nos perguntar o que fariam contra o Brasil tendo controle das nossas empresas. Não seria a primeira e nem a última vez que promoveriam uma sabotagem contra o País.

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