Diante da crise humanitária que atinge o povo ianomâmi, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu exonerar 33 coordenadores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e demitiu mais quatro servidores. Essas modificações acontecem quase que ao mesmo tempo em que o Ministério da Saúde determina estado de emergência devido à falta de assistência aos ianomâmis.
Além dessas mudanças, também foram exonerados o chefe de gabinete da fundação, assim como cinco pessoas que exerciam cargos como assessores da presidência. O diretor do Museu do Índio da Funai e o corregedor da entidade são outros que tiveram que deixar as suas funções.
A região, localizada em Roraima, onde os índios ianomâmi estão localizados abriga 30 mil habitantes. Vários idosos e crianças estão em estado grave de saúde, apresentando quadros de malária, infecções respiratório e desnutrição grave.
Sobre esse cenário, Lula afirmou: “Se alguém me contasse que aqui em Roraima tinha pessoas sendo tratadas de forma desumana, como vi o povo yanomami ser tratado aqui, eu não acreditaria”.