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Mais um português…

Contratação de Pepa pelo Cruzeiro é inexplicável

Diante das circunstâncias, a explicação da contratação de mais um técnico português por um clube de Série A só pode ser um esquema mafioso contra o futebol nacional

Assistimos, neste fim de semana, o fracasso de mais um técnico estrangeiro no Brasil, o uruguaio Paulo Pezzolano, do Cruzeiro — que mesmo tornando-se SAF foi eliminado nas semifinais do Campeonato Mineiro contra o América. A Raposa, no entanto, anunciou a contratação de um novo técnico não brasileiro. O português Pepa foi anunciado na última segunda-feira, 20. Agora, dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, oito contam com técnicos portugueses.

A contratação de Pepa — como no caso da maioria dos portugueses que vieram ao Brasil — é inexplicável. O português só trabalhou em clubes de menor expressão em Portugal (uma liga secundária na Europa) e vem de passagem ruim pelo Al Tai, da Arábia Saudita. Os “grandes” feitos da carreira de Pepa, como treinador, foi ter ficado alcançado a 5ª e 7ª posição, com Paços de Ferreira e Vitória de Guimarães, respectivamente, no fraquíssimo Campeonato Português.

Uma notícia da Rádio Itatiaia dá conta que “o novo técnico da Raposa, o português Pepa, assim como Paulo Pezzolano, não costuma utilizar um ‘meia clássico’ em seu esquema de jogo”. Ou seja, Pepa vem para o Brasil não para apresentar um esquema “inovador” — como apresentam os jornais capitalistas quando tratam de técnicos estrangeiros —, mas para realizar mais do mesmo.

Atualmente, é raro encontrar um treinador que não jogue neste mesmo esquema. Quase todos os times do Brasil — inclusive os comandados por técnicos brasileiros, influenciados negativamente pelo esquema importado da Europa — jogam desta forma: 4-3-3, sendo o meio de campo formado por três jogadores “área a área” (o “box-to-box”, em inglês); e o ataque formado por dois pontas e um centro-avante; além de um estilo de jogo parecido.

Neste sentido, treinadores como Fernando Diniz (Fluminense) e Dorival Júnior (Flamengo de 2022) são pontos fora da curva do modismo internacional.

As SAFs e os técnicos portugueses

Os clubes brasileiros, no entanto, parecem terem sido impedidos de contratarem técnicos nacionais. Nove dos 20 clubes da Série A contam com técnicos estrangeiros — sendo um argentino (Vojvoda, do Fortaleza) e oito portugueses:

  • Pepa, do Cruzeiro
  • Renato Paiva, do Bahia
  • Luis Castro, do Botafogo
  • António Oliveira, do Coritiba
  • Ivo Vieira, do Cuiabá
  • Vitor Pereira, do Flamengo
  • Abel Ferreira, do Palmeiras
  • Pedro Caixinha, do Redbull Bragantino

Dentre estes clubes, apenas Flamengo, Palmeiras e Coritiba, não são Sociedades Anônima do Futebol (SAF) ou clube-empresa — processos de privatização dos clubes que, como estamos vendo, serve para tornar os clubes nacionais em satélites de grandes clubes imperialistas. No entanto, o Coritiba já confirmou que vai finalizar o processo da SAF ainda este ano… questão de tempo. Dentre as SAFs que disputam a Série A, apenas Vasco e América-MG têm treinadores brasileiros.

Com técnicos brasileiros de alta qualidade sem times, como Vanderlei Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira, Abel Braga, entre outros, o que explica o alto número de técnicos europeus no Campeonato Brasileiro? Para responder a esta pergunta, precisaria de mais investigação, mas só pode ser um esquema mafioso contra o futebol nacional.

Ao que tudo indica, a infiltração de treinadores europeus caminha ao lado do processo de privatizações dos clubes. Assim, busca-se tornar os clubes brasileiros em satélites de clubes europeus. Para isso, os clubes brasileiros serão barriga de aluguel para a venda de joias raras. E aí entram os técnicos europeus, que irão treinar estas joias para adaptá-las mais facilmente ao esquema monótomo e burocrático da Europa.

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