Nesta quarta-feira (29), centenas de cidades em todo o mundo voltarão a testemunhar atos em solidariedade ao povo palestino. No Brasil, o principal deles acontecerá em São Paulo, às 17h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Em 7 de outubro, a resistência palestina, liderada pelo Hamas, assestou um profundo golpe em “Israel”, rompendo as cercas do maior campo de concentração da história (Gaza), capturando bases militares, aniquilando tropas sionistas, e tomando israelenses de reféns para uma futura troca por prisioneiros palestinos que já estavam presos havia anos nas masmorras sionistas.
Desesperado diante da profunda desmoralização, “Israel” intensificou ainda mais o massacre da população palestina, que se materializou em bombardeios incessantes à Faixa de Gaza, seguido de uma invasão terrestre, realizada pelas Forças de Defesa de Israel. Paralelamente, na Cisjordânia, milícias fascistas do sionismo (os tais “colonos”) aumentaram sua expropriação de terras e o assassinato de palestinos. Além disto, mas de três mil foram sequestrados pelas tropas sionistas.
Até o presente momento, o genocídio de “Israel” contra os palestinos já resultou em um total de 14.854 mortos em Gaza, dentro os quais 6.150 crianças e 4.000 mulheres. Isto sem contar os desaparecidos, que são pelo menos 6.800. Na Cisjordânia, o número de palestinos assassinados já chega a 239. O total de feridos, em todo o território palestino, ultrapassa 38 mil.
Contudo, apesar de todo o genocídio, “Israel” não conseguiu nenhum objetivo militar significativo contra a resistência palestina. Nem contra o Hamas e nem contra nenhum dos outros grupos da resistência.
Por outro lado, com sua política de assassinar civis deliberadamente, vem se desmoralizando perante a “opinião pública”. Seu bombardeio indiscriminado colocou as massas de todo o mundo em ebulição, as quais demonstraram gigantesco apoio ao povo palestino, e aprofundaram a crise no seio dos países imperialistas.
A soma destes fatores levou “Israel” a aceitar uma trégua temporária com o Hamas (e a resistência palestina de conjunto), que teve início no dia 24 de novembro (última sexta). Pela trégua, “Israel” teve de libertar prisioneiros palestinos que estavam presos havia anos, de forma injusta e arbitraria, dentre eles crianças (que agora já são adolescentes ou quase adultos).
Enquanto que a primeiro momento Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant falaram que iriam “exterminar” o Hamas e que os palestinos eram animais, agora eles estão tendo que negociar, pois não conquistaram objetivos militares. Enquanto isso, a guerra se prolonga e aprofunda a crise econômica e política dentro de Israel, e desmoraliza sua imagem perante o mundo.
A trégua alcançada foi uma enorme vitória para o povo palestino e para os grupos armados que travam essa luta de libertação nacional contra o monstro sionista. Foi uma vitória do Hamas, sim.
Mas a guerra ainda não acabou, e é necessário que os povos oprimidos, os trabalhadores de todo o mundo ampliem e intensifiquem as mobilizações em defesa do povo palestino e de suas organizações armadas. Agora, mais do que nunca, os palestinos precisarão desse apoio. Mobilizações gigantescas já acontecem nos países árabes e muçulmanos. Igualmente ocorrem na Europa e nos Estados Unidos. É preciso que o mesmo ocorra no Brasil.
É necessário ao povo brasileiro seguir o exemplo das massas dos outros países. É preciso sair às ruas aos milhares, e contribuir para a derrota ao sionismo.
No Brasil, os sionistas estão conseguindo, até certo ponto, impedir que o movimento se desenvolva, censurando aqueles que denunciam os crimes de “Israel”.
Uma situação grave que não pode ser esquecida é que os sionistas também possuem vínculo com as instituições de repressão em geral, como o judiciário e a Polícia, como ficou demonstrado com a repressão ao jornalista Breno Altman, a operação farsesca contra o suposto terrorista pagodeiro do Hesbolá e a perseguição contra o Partido da Causa Operária.
Assim, é premente à esquerda e ao povo brasileiro saírem aos milhares às ruas de todo o país em defesa da Palestina, contra o sionismo, contra “Israel”.
Afinal, a ação libertadora da resistência palestina do dia 7 conseguiu também a proeza de unir a direita tradicional e o bolsonarismo, que antes estava dividida, de forma que se abre uma janela de oportunidade para uma grande mobilização de massas contra toda a burguesia ultrarreacionária brasileira, tanto a tucana quanto a bolsonarista. E, consequentemente contra o imperialismo seus planos golpistas para o Brasil.
Portanto, a luta pelo povo palestino é uma luta contra toda a direita de conjunto, capaz de unificar as massas trabalhadoras contra a burguesia brasileira e contra o imperialismo, de forma que todos devem sair às ruas do Brasil nesse dia 29 de novembro, quarta-feira, que será mais um dia mundial de luta em defesa do povo palestino.
Contra o massacre sionista, sair às ruas em defesa da Palestina!