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Escolas Cívico-militar

Contra Lula, direita quer aumentar repressão nas escolas

Governadores do Paraná e de São Paulo contrariam decisão do Governo Federal de acabar com as escolas militares e anunciam programas próprios para manterem a modalidade

Na última quarta-feira (12), o Ministério da Educação (MEC) anunciou, através de ofício circular distribuído para dirigentes da educação nos estados, que iria encerrar, de forma progressiva, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, implantado pelo governo Bolsonaro em 2019. Segundo a carta, o programa estaria sendo encerrado após avaliação dele “pela equipe da Secretaria de Educação Básica, Ministério da Educação e o Ministério da Defesa”.

O anúncio do MEC também diz que “a partir desta definição, iniciar-se-á um processo de desmobilização do pessoal das Forças Armadas envolvidos em sua implementação e lotado nas unidades educacionais vinculadas ao Programa, bem como a adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade necessária aos trabalhos e atividades educativas”.

A decisão, tomada por Lula, foi executada numa “canetada”, sem fazer muito alarde. As escolas militares eram uma iniciativa da gestão anterior com a finalidade de colocar a base de apoio do bolsonarismo – os militares – para cuidarem de uma parte da educação no país e estabelecerem sua ideologia diante das crianças e adolescentes. São 120 unidades do ensino espalhadas pelo país, onde cerca de 900 militares da reserva trabalham.  

A decisão de Lula é acertada e é um demonstrativo de que, em campos onde pode fazê-lo, o presidente procura enfrentar a direita e a extrema-direita. Apesar de estar sufocado em outras áreas onde depende do Congresso para levar adiante suas decisões, Lula tem mostrado disposição para uma gestão mais à esquerda de seus governos anteriores. Ele precisa, no entanto, do apoio da classe operária mobilizada para poder realizar tudo que é do interesse da população.

Porém, alguns governadores de direita não aceitaram a decisão do governo federal. É o caso de Tarcísio de Freitas, governador do estado de São Paulo, e de Ratinho Jr, do Paraná. Ambos sinalizaram a manutenção do programa das escolas cívico-militares, nos moldes do que havia sido implantado por Bolsonaro em sua gestão.

Ratinho Jr manifestou a intenção de passar para a Polícia Militar do Estado as 12 escolas militares que estavam, antes, sob o controle das Forças Armadas. No Paraná, já há outras 196 escolas militares controladas pela PM.

Já Tarcísio, governador do Estado de São Paulo, afirmou que irá desenvolver um programa próprio de escolas militares para São Paulo, procurando ampliar o número de unidades no Estado. Tarcísio afirmou em sua conta no Twitter: “Fui aluno de colégio militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens. O @governosp vai editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato em todo o estado”.

Ambos se utilizam da propaganda demagógica da extrema-direita de que estas seriam escolas com melhor qualidade de ensino, causando a falsa impressão de que isso seria devido à presença dos militares. No entanto, é sabido por todos que é simplesmente um processo de “bolsonarização” da juventude. Os governadores que saíram a campo para contrariarem a decisão do Governo Federal o fazem porque têm a intenção de herdarem os espólios de Bolsonaro, que ficará inelegível até 2030. Trata-se de mais uma demonstração de que o bolsonarismo não vai desaparecer com a inelegibilidade de Bolsonaro.

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