Na segunda-feira (20), aconteceu mais uma manifestação do dia da luta do povo negro em São Paulo. Os militantes do PCO e do Coletivo de Negros João Cândido se fizeram presentes com a participação especial da Bateria Popular Zumbi dos Palmares. A Loja do PCO também esteve presente no vão do MASP com todo tipo de material. Incluindo bótons, camisetas e bandeiras da resistência armada palestina.
Nesse 20 de novembro, a campanha especial que está presente no ato é, além da defesa do negro brasileiro, a defesa povo palestino e de todos os árabes, alvos de um dos Estados mais racistas de toda a história, o Estado de Israel. A opressão do negro tem a mesma causa que a do palestino, o imperialismo, sua luta, portanto, é a mesma. O que vemos acontecer há décadas na Palestina, vemos acontecer também quando as polícias invadem as favelas brasileiras.
A bateria Zumbi dos Palmares, nome bastante significativo para a data do povo negro, mais uma vez embalou o ato e entoou forte as palavras de ordem principais do Coletivo de Negros do PCO. “Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da polícia militar” é a frase principal, seguida por outra que pede o fim dos crimes da polícia nas periferias de todo País. “Chega de chacina, eu quero o fim da polícia assassina”.
Apesar da maior parte do chamado “movimento negro” no Brasil estar envolvido com ONGs financiadas pelo imperialismo ao invés de uma verdadeira luta do povo negro no País, o PCO se colocou como o setor mais combativo da mobilização. Finalmente, a população sente que as palavras de ordem contadas pela bateria tem um sentido prático na luta do povo negro.
A coordenadora do Coletivo João Cândido, Izadora Dias, aponta que, apesar de necessário e extremamente importante o ato do dia 20 de novembro, a má organização e a convocação quase nula fazem com que a manifestação fique pequena e restrita a grupos que, quando fazem uma defesa dos negros brasileiros, o fazem de forma abstrata ou totalmente errada, deixando de lado o verdadeiro sofrimento dessa população: que é a polícia, salário, educação, moradia entre outras questões materiais do dia a dia nas favelas do país.
“O ato com certeza poderia ser melhor convocado, para levar partidos como o PT, centrais sindicais como a CUT, ou seja, movimentos realmente ligados aos trabalhadores. Vai de mal a pior a cada ano, vão apenas grupos do PSOL, setores ligados às ONGs, parece mais uma passeata para fazer a política do imperialismo que é o identitarismo. Quando alguns setores mais próximos da população e das comunidades conseguem participar, eles são boicotados, como, por exemplo, a Voz da Periferia e até mesmo o PCO, que não conseguiu falar no carro de som”, afirmou Izadora Dias.
Assista aqui à transmissão completa do ato: https://www.youtube.com/watch?v=NTFlN9pyuM0
![](https://causaoperaria.org.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/11/MASP-2-1024x768.jpg)
![](https://causaoperaria.org.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/11/MASP-1-1024x768.jpg)
![](https://causaoperaria.org.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/11/MASP-3-1024x768.jpg)
![](https://causaoperaria.org.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/11/MASP-4-1-1024x768.jpg)