Como um programa muito humano da Revolução, que não pode ser atendido com «desleixo», nem para cumprir uma tarefa, mas ao qual devemos dar toda a sensibilidade e qualidade que carrega, o membro do Bureau Político e primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, descreveu o Sistema de Atenção à Família (SAF), que beneficia mais de 59.000 cubanos.
Precisamente, nesta terça-feira, 24 de outubro, na reunião da Comissão Governamental de Atenção à Dinâmica Demográfica – presidida pelo chefe do Governo – soube-se que Cuba está trabalhando na melhoria desse Sistema, como sinal de clara convicção de que no país ninguém fica desprotegido ou abandonado.
Na reunião, a ministra do Comércio Interior (Mincin), Betsy Díaz Velázquez, explicou que as 1.445 unidades gastronômicas desse tipo, espalhadas pelos 168 municípios, prestam serviços a idosos, pessoas com deficiência, casos sociais e outros com renda insuficiente e sem familiares obrigados em condições de prestar assistência.
Sobre o conjunto de propostas para consolidar o SAF – que surgiu em 1998 – destacou que elas estão relacionadas a novos critérios para a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade social que serão favorecidas, às fontes de financiamento para garantir equipamentos e móveis, bem como ao esquema de abastecimento do programa.
Díaz Velázquez reconheceu as principais deficiências que ainda persistem no SAF, como entregas insuficientes por parte da indústria de alimentos, a instabilidade dos sortimentos planejados, a falha na entrega da produção local e a falta de atenção e exigências também às autoridades governamentais e aos agentes econômicos que podem ter responsabilidade no programa.
E como o SAF não foi concebido apenas para fornecer alimentos diários às pessoas, mas também como um espaço para promover atividades educacionais e recreativas e reconhecimento social, a chefa do Mincin destacou as deficiências associadas à colaboração limitada dos promotores culturais, à participação limitada dos instrutores de cultura física, bem como à presença limitada do médico de família e da enfermeira para a prevenção da saúde.
Referindo-se à questão do cardápio dessas unidades gastronômicas, em meio à situação complexa em que vivemos, o primeiro-ministro pediu que os governos territoriais busquem alternativas que garantam uma dieta equilibrada e estabilidade no fornecimento. Disse que outra questão preocupante é a qualidade do serviço e o cumprimento das normas de higiene em cada unidade.
Outro item da agenda da reunião foi o cumprimento do plano e do orçamento, até agosto deste ano, para a atenção à dinâmica demográfica. Mildrey Granadillo de la Torre, primeiro vice-ministro de Economia e Planejamento (MEP), referiu-se às principais ações realizadas, entre elas, a atenção ao casal infértil, a reparação de creches e a entrega de módulos de enxoval.
Ao detalhar a proposta para 2024, advertiu que muitas províncias até o momento não planejaram nenhuma ação em maternidades, lares de avós e lares para idosos. Marrero Cruz afirmou que «é preocupante que haja governos que não estejam planejando nada, sabendo dos problemas acumulados que existem».
Por fim, afirmou que o próximo ano deve «ser de transformação, com soluções alternativas, buscando instalações para se adaptar a essas circunstâncias, com materiais locais, porque as coisas podem ser feitas, e temos que exigir que sejam feitas».