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Fraude

Como a Americanas escondeu seu rombo

Americanas vinha apresentado resultados positivos por meio de números inflados nos balanços

A fraude milionária da varejista Americanas parece não afetar a todos. E de fato não afeta. Ela revela apenas uma prática, comum segundo economistas, que milionários utilizam para ficarem cada vez mais ricos, se safarem e ainda pintarem  e bordarem com o patrimônio público. O rombo, chamado de inconsistência contábil pela empresa e anunciado no dia 11 de janeiro deste ano, subiu de R$ 20 bilhões no balanços quando do seu anúncio para R$ 40 bilhões.

Controlada por décadas pelo trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, a Americanas vinha apresentado resultados positivos ao mercado financeiro nos últimos três anos. Esses números inflados nos balanços faziam aumentar o valor das ações, garantiam crédito com melhores condições à empresa prejudicando os concorrentes, além de garantir dividendos (lucro dos sócios) astronômicos.

A explicação quem deu foi o economista Eduardo Moreira na CPI das Empresa Americanas S.A. no dia 8 de agosto deste ano e que certamente não terá desfecho corretivo para práticas neste sentido, tampouco deve responsabilizar os sócios da empresa pelo crime. “Maior escândalo de corrupção que o País já viu e um dos maiores do mundo do mercado de capitais. E dentro do modelo capitalista o mercado de capitais tem que funcionar de uma maneira eficiente, tem que ter credibilidade, tem que gozar de confiança das pessoas. Se não todos saem perdendo. Se as pessoas não confiam no mercado de capitais todas as empresas sofrem também a desconfiança”, argumentou o especialista em mercado financeiro.

De forma prática, segundo Moreira, o valor de mercado da empresa influenciou a sobrevalorização da ação e a redução do custo da dívida. “Quem sofre com isso além do investidor? A concorrência. Porque se a empresa infla o preço da ação e diminui o custo da dívida ela consegue se financiar mais barato que os concorrentes. Então ela pratica uma concorrência desleal”, reforçou.

O que espanta na situação é que mesmo diante de um dos maiores casos de fraude do país, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, acaba de adquirir 85.163.700 ações da Companhia Paranaense de Energia (Copel), o que equivale a cerca de 5,07% das ações preferenciais de emissão da companhia.

A estatal paranaense foi privatizada pelo governador Ratinho Jr. e o trio bilionário estava entre os compradores por meio do Fundo 3G Radar. Vale destacar ainda que o grupo de Lemann fez a aquisição também de ações da Eletrobrás, tornando-se o maior proprietário de ações preferenciais da antiga estatal.

Casos como esse de fraudadores com crédito no mercado só acontece com grandes bilionários. É de notório saber que qualquer cidadão comum, destes que trabalham de sol a sol, jamais conseguiriam crédito se estivessem devendo, algo que só está ao alcance dos três bilionários golpistas, que dificilmente foram os primeiros e certamente não serão os últimos.

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