Algumas pessoas podem não saber, mas junho é considerado o “mês do orgulho LGBT”. Uma rápida pesquisa, e descobre-se, sem grande surpresa, que o tal “mês do orgulho” foi criado nos Estados Unidos e que os presidentes norte-americanos, ao menos desde 1999, incluindo aí o próprio Donald Trump, declararam de forma oficial a dada. É por isso que durante junho, as contas de perfis nas redes sociais dos órgão norte-americanos, incluindo a CIA, são pintadas com a bandeira do arco-íris.
Deve ser por isso, também, que as empresas capitalistas mais poderosas do mundo fazem questão de lembrar o “mês do orgulho”. Ninguém vai comer um hambúrguer ou tomar um café sem ser lembrado do tal “orgulho”. Lá está uma bandeira colorida penduradinha para todos saberem que aquelas empresas imperialistas respeitam todos os seres-humanos, assim como o Departamento de Estado norte-americano, é claro.
Acredite quem for trouxa ou quem quiser. Os maiores criminosos de guerra do mundo respeitam os direitos humanos, ou melhor, ao menos dos humanos LGBTs.
E no Brasil não foi diferente. Companheiros operários na CSN, (a Companhia Siderúrgica Nacional privatizada ainda no governo Collor) relataram que seu patrão, o mega capitalista Benjamin Steinbruch, fez questão de fazer cada trabalhador lembrar do tal “mês do orgulho”.
É comovente a demostração de amor ao próximo por parte de Steinbruch. Justo ele, que declarou, em entrevista para a Folha de S. Paulo que um trabalhador pode “comer um sanduíche com a mão esquerda e operar a máquina com a mão direita”.
Como podemos ver, Steinbruch é muito preocupado com os direitos humanos, em particular os LGBTs.
Sua declaração foi feita em 2014 quando era presidente da FIESP, aquela que foi fundamental para o golpe de 2016. Golpe que fez exatamente o que queria Steinbruch com essa declaração: destruir as leis trabalhistas porque, segundo ele, “15 minutos são suficientes para o almoço.”
Os operários da CSN e demais empresas comandadas por Steinbruch devem se alegrar de ter um patrão tão bondoso que, enquanto suga o sangue do trabalhador, faz demagogia com os LGBTs.
Trouxa é a esquerda de classe média, filo-imperialista, que acredita nessas coisas e faz campanha junto com parasitas como Steinbruch pelo tal “mês do orgulho”.
Com uma mão, chicoteia o trabalhador, com a outra, acaricia os LGBTs. Não é lindo?
Para quem não crê na atividade humanitária de Benjamin Steinbruch, assista à sua entrevista: