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Insaciáveis

Centrão assume ministérios e agora quer a Caixa

Os sindicatos, a começar pelos bancários, a CUT e toda a esquerda devem se pronunciar e repudiar essa política de tomada do governo por setores da direita anti-trabalhador

O governo do presidente Lula empossa nesta quarta-feira, dia 13, mais dois tradicionais políticos da direita como ministros. 

Diante de um Congresso Nacional dominado pela direita e cercado pela direita golpista, o presidente Lula está negociando e cedendo cargos para a direita, buscando abrir uma brecha para a aprovação de algumas propostas. 

Foi o que se deu, por exemplo, com a recente nomeação de dois ministros do PP (partido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira) e do Republicanos (partido do governador de SP, Tarcísio Freitas), que tomaram posse nesta quarta-feira, dia 13.

É a mesma política adotada em outros governos do PT, quando o PT “ressuscitou” políticos como Sarney e partidos como o MDB, repudiados pela população e, depois, acabou sendo derrubados por eles.

O governo não tem base no Congresso Nacional que possa garantir a aprovação de sua política. A política de Lula se mostra ineficiente. Não é que seja capituladora, como diz parte da esquerda pequeno burguesa, é que ela simplesmente não abre caminho para o Legislativo aprovar importantes medidas do governo federal.

A cada concessão do governo, o Centrão apresenta novas exigências. Após ganhar dois ministérios e centenas de cargos no segundo e terceiro escalão, Lira e seus comparsas estão exigindo a presidência da Caixa Econômica Federal, com “porteira fechada”, ou seja, com o direito de nomearem todas as diretorias do banco.

A “apadrinhada” por Arthur Lira, cotada para assumir a presidência da Caixa Econômica Federal, Margarete Coelho, (na foto abaixo à direita) é ex-deputada federal e ex-governadora do Piauí (também PP) e participou ativamente da campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL) no ano passado.

Além de conquistar importantes cargos, quer tirar do comando do PT um banco da maior importância para a política social do governo, que – entre outros – abriga a diretoria de Habitação da Caixa, responsável pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

Da presidência da Caixa, a direita pretende desalojar uma pessoa ligada ao PT e à CUT. A atual presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, foi empregada de carreira da Caixa há 33 anos, ocupava uma cadeira no Conselho de Administração da Caixa como representante eleita pelos trabalhadores. Ela era também conselheira da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e foi presidenta do Sindicato dos Bancários do ABC.

Toda essa política de concessões não pode trazer nenhum resultado positivo. Lula entrega muito e recebe muito pouco em troca.

Ao contrário dessa política de derrotas, é necessário lançar mão da arma mais poderosa de que dispõe Lula: o apoio da mobilização popular para aprovar medidas de real interesse dos trabalhadores.

Os sindicatos, a começar pelos bancários, a CUT e toda a esquerda devem se pronunciar e repudiar essa política de tomada do governo por setores da direita anti-povo, anti-trabalhador.

Quanto antes Lula e toda a esquerda mobilizarem os trabalhadores para lutar contra a política reacionária da direita, melhor para o povo e para o seu próprio governo.

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