A censura toma corpo no mundo inteiro. Essa é a política do imperialismo mundial, que se dirige a silenciar toda a opinião dissidente, mesmo que para isso implique a falsificação e o apagamento de acontecimentos históricos. Toda essa operação, que em essência consiste em eliminar a verdade dos acontecimentos, vem mal disfarçada de luta contra o discurso de ódio e a mentira, quando se trata efetivamente do contrário. No dia 09 de maio, a Rússia e os países que compunham a ex-URSS comemoram a vitória soviética sobre a ditadura nazista.
Em Berlim, na Alemanha, é comum atividades políticas em torno dos monumentos comemorativos soviéticos de Treptow, Tiergarten e Schönholzer Heide . Esse ano, no entanto, a Polícia de Berlim proibiu que manifestantes empunhassem bandeiras da Rússia e também da Ucrânia, assim como qualquer referência com as letras Z ou V, usadas para marcar os tanques russos na atual guerra da Ucrânia. Passa-se por cima dos direitos de manifestações políticas e no limiar, esconde a participação da União Soviética e sobretudo, da Rússia na derrota da ditadura fascista de Hitler.
Essa é a política do imperialismo, tornar aos olhos do mundo a Rússia como um país maléfico e para tanto, recorrem mesmo ao apagamento de suas glórias de outrora. Outro caso que mostra claramente qual a essência da política internacional de censura é o caso do ativista pela paz alemão, Heinrich Bücker, que me 2022 proferiu na dada referida um discurso denunciando o próprio governo alemão e o ucraniano, Bücker afirmou que a Alemanha, naquela ocasião, e ainda hoje, apoiava governos que são sucessores daquelas forças fascistas, como é o governo da Ucrânia, que os nazistas já haviam colaborado há tempos atrás.
O ativista foi levado ao tribunal por perturbação da paz e poderia ter de pagar uma multa alta pelo seu discurso durante as atividades que participou em 22 junho de 2022, aniversário do ataque nazista a URSS. Na ocasião do julgamento, em 2023, o ativista explicou sua posição favorável a paz e afirmou que apenas contextualizou o conflito, citando o euro maidan de 2014 para sustentar sua posição sobre o governo ucraniano, o juiz o advertiu que estava a um passo de cometer um crime. O fato é não haver absolutamente nada de inverídico no discurso do ativista, ao contrário trata-se da verdade, além disso, é direito do indivíduo manifestar sua opinião, mesmo que fosse errada.
O ativista foi absolvido, mas não porque se afirmou o direito a liberdade de expressão, mas porque se considerou que a reunião pequena e privada, uma vez que feita por organizações civis, não poderia ser considerada perturbação da paz.
A liberdade de expressão está sendo duramente atacada no mundo pelo imperialismo para que o mesmo possa controlar a opinião pública a seu favor de maneira mais eficaz.