Mais uma vez uma “catástrofe natural” destruiu milhares de vidas em um mundo onde não precisamos mais ser reféns das forças da natureza.
Na madrugada da última segunda (06/02), um terremoto de magnitude 7,8 atingiu a Turquia e a Síria, deixando um saldo de mais de 5 mil pessoas mortas.
Além disso, informações do governo turco dão conta de que mais de dois mil prédios desabaram no país, dentre eles muitos museus e um castelo com mais de dois milênios de história, sendo ainda uma das áreas mais atingidas a região de Gaziantep ,centro industrial da Turquia.
Os terremotos na região não são uma novidade; em janeiro de 2020 na província de Elazig um sismo de magnitude 6,8 matou cerca de 40 pessoas.
O território turco, segundo estudos, se encontra em uma região reconhecidamente arriscada, “sobre o encontro de duas placas tectônicas, uma espécie de bloco que flutua sobre o manto, uma das camadas no interior da Terra”. As placas podem se mexer, de forma divergente (movendo-se em direções contrárias), convergente (chocando-se uma contra a outra) e transformante (movendo-se lateralmente); os dois últimos movimentos costumam causar terremotos”, estando entre os países mais vulneráveis a terremotos do mundo.
Portanto, assim como as enchentes que ,no Brasil, todo ano tiram milhares de vidas, não podem ter sua culpa atribuída à chuva, as consequências dos tremores de terra no Oriente Médio também não são de responsabilidade exclusivamente da natureza.
O domínio imperialista no mundo e em particular no Oriente Médio impede que essa região se desenvolva e usufrua de tecnologia para pelo menos minimizar bastante os danos de desastres naturais como esse. O Japão, por exemplo, é outro país bastante suscetível a terremotos, mas como um país imperialista consegue se proteger desses desastres, então por que na Turquia ou na Síria isso não seria possível? Só não é possível porque o imperialismo parasita os países pobres , sucateando toda a sua infra estrutura.
A Síria é um exemplo perfeito para isso, porque o país sofre embargos econômicos há décadas por parte do imperialismo, e desde 2011 vive uma guerra por procuração do imperialismo, que destruiu toda a infraestrutura do país, incluindo a estrutura sanitária. É por esse motivo que mais de mil sírios já morreram após o terremoto desta semana. O imperialismo tem culpa direta no cartório.
Para que a natureza deixe de ser um problema, é preciso acabar com a ditadura imperialista no mundo.