Os mesmos que deram desfalque nas Americanas e na Ambev, agora pretendem sugar o máximo das empresas estratégicas do país e demais afiliadas nos Estados regionais. Além da Cepisa (Centrais Elétricas do Piauí) e da Cemar (Centrais Elétricas do Maranhão) ambas adquiridas pelos pseudos “investidores” (especuladores) agora; a empresa recentemente privatizada Light, controlada pelo parceiro de Lemann, o sócio Beto Sicupira está sinalizando que necessita de um aporte de recursos para sustentar a empresa, já que; segundo Sicupira e seu outro parceiro Ronaldo Cezar Coelho (ex tesoureiro do PSDB) a empresa atualmente não tem condições para sustentar a empresa com esse nível de caixa ou saldo disponível. Essa sinalização decorre de um aviso feito pela empresa (Light) a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) no sentido de explicitar a ausência de caixa suficiente para sustentar as atividades da empresa.
A distribuidora de energia elétrica que atende a região metropolitana do Rio de Janeiro (Light) indica uma insuficiência de saldo para garantir a manutenção e a distribuição dos serviços de energia. Segundo a empresa, os principais problemas são o furto (gatos) e a enorme inadimplência do setor. Essa situação gerou um desequilíbrio no caixa da empresa e que compromete a distribuição e a manutenção dos serviços primordiais de energia elétrica à população, assim como também a própria atividade econômica da região metropolitana do Rio de Janeiro. A partir desse anúncio dos sócios especuladores Sicupira e Coelho os “investidores” (acionistas rentistas) se posicionaram em sinal de alerta e criaram uma desconfiança no mercado.
O professor e pesquisador na área de economia política da USP Gilberto Bercovicci, em conversa recente, afirmou que no caso de empresas estatais que prestam serviços públicos essenciais, como água e energia elétrica, o Estado é obrigado constitucionalmente a dar suporte para quaisquer desses serviços, a despeito da empresa privatizada não apresentar as condições mínimas sustentáveis para a oferta dos serviços. Isso significa que os acionistas especuladores, além de poderem receber um aporte de recursos adicionais para a manutenção e a oferta dos serviços, em última instância, o município, Estado ou a União são responsáveis pela garantia dos serviços essenciais prestados. O capitalismo no Estado brasileiro é como se fosse um “bálsamo” de aromas maravilhosos, que são apreciados pelos ávidos capitalistas no melhor dos “mundos”, onde riscos e custos baixíssimos convivem muito bem com níveis elevadíssimos de rentabilidade ou ganhos, que ainda são assegurados pelo Estado, principalmente quando estão em poder de bolsonaristas e golpistas da ordem neoliberal.
