A Burguesia quer cobrar acesso à praia dos paulistas. A partir desta terça-feira (8), será cobrado uma Taxa de Preservação Ambiental diária para todos os veículos que entrarem e permanecerem na cidade de Ubatuba (SP), famosa cidade do litoral norte de São Paulo.
“Com a implantação da taxa, os turistas que visitarem a cidade de carro terão que desembolar R$ 13 por dia de permanência na cidade. Para motos, o valor da diária é de R$ 3,50. Ônibus pagam R$ 92. Confira a tabela:
– motocicleta, motoneta e bicicleta a motor: R$ 3,50
– veículos de pequeno porte (passeio/automóvel): R$ 13
– veículos utilitários (caminhonete e furgão): R$ 19,50
– veículos de excursão (vans): R$ 39
– micro-ônibus e caminhões: R$ 59
– ônibus: R$ 92”
A isenção é somente para: Veículos com passagem rápida pela cidade (menos de quatro horas);carros com placas de Ubatuba, Ilhabela, São Sebastião, Caraguatatuba, Paraty, São Luiz do Paraitinga, Cunha e Natividade da Serra.
Essas taxas representam a privatização da praia, um absurdo, alegam que é para preservar a natureza e ter recursos para a manutenção. Pura mentira é para dificultar cada vez mais o acesso do povo trabalhador nas praias. Para a burguesia esse valor é ínfimo, porém para esmagadora parte da população é mais um empecilho para não ir à praia no final de semana. Além desse “pedágio” urbano, temos os pedágios das rodovias que para as maiorias das praias são demasiados caros.
A pauta ambiental é uma boa desculpa para privatizar a praia, alegam que a culpa é do povo, porém a maioria dessas cidades jogam milhares de litros de esgoto todos os anos nas praias sem nenhum tratamento. Essa cobrança é uma medida absurda, pois os moradores dessas cidades e de outras já pagam impostos demasiados para manter limpo e preservados esses lugares.
A praia deve ter acesso livre e facilitado a todos os trabalhadores, sem taxa de circulação, pois é algo público e deve continuar sendo. Ter transporte público e benfeitorias para o uso de toda a população, um lazer apreciado por muitos, porém cada vez mais cobiçado e “privatizado” pelos capitalistas.