A direção do Banco Bradesco anunciou nesta semana o fechamento de mais uma de suas agências. Desta vez, o que está na mira dos banqueiros, em relação aos funcionários e clientes, é a agência localizada no bairro Jardim Nomura, em Cotia (SP), onde as suas atividades, conforme confirmada pelo banco, serão encerradas no próximo dia 24 de março. Todas as contas desta agência serão transferidas para uma outra no centro de São Paulo.
Este Diário, sistematicamente vem denunciando a política dos banqueiros de reestruturações, que estão acontecendo em praticamente todos os bancos. Passam por cima dos direitos do cidadãos e funcionários, com a maior naturalidade, sabedores de que não haverá qualquer tipo de consequência.
O Bradesco, somente no ano passado, fechou 159 agências no País inteiro e, como pode ser visto em mais esse caso, trata os trabalhadores e seus clientes apenas como uma peça no seu tabuleiro para aumentar os seus fabulosos lucros e satisfazer o apetite de meia dúzia de parasitas capitalistas. Um verdadeiro absurdo. Agora, os clientes da agência Jardim Nomura terão que percorrer uma distância de mais de uma hora de viagem para serem atendidos. Isso sem falar que irão se deparar com uma agência que sistematicamente se encontra lotada, que sofre com a falta de pessoal.
Além desse total descaso com os clientes, uma outra questão diz respeito aos bancários da agência Jardim Nomura, que se encontram apreensivos e temerosos da possibilidade de virem a perderem os seus empregos. Eles sabem que, em praticamente todas as agências que foram fechadas pelos banqueiros, a política é a demissão.
Mais esse caso de fechamento de agências e departamentos bancários feito pelos banqueiros é mais um exemplo da política clara de sacrificar funcionários e clientes para alimentar os lucros dos parasitas do sistema financeiro.
Fechamento de milhares de agências, demissão em massa, descomissionamento, transferência compulsória, arrocho salarial, assédio moral, etc. é parte da política geral dos banqueiros, responsáveis por destruir todos os direitos de todos os trabalhadores e roubar a riqueza e o patrimônio público nacional, como, por exemplo, a apropriação de mais da metade do orçamento nacional, através da famigerada “dívida” pública, para garantir seus lucros.
É preciso organizar uma reação imediatamente contra as medidas dos banqueiros.
Recentemente foram realizadas manifestações, no País inteiro, pelos trabalhadores do Banco Itaú/Unibanco, contra as demissões naquele banco. Os trabalhadores do Bradesco devem seguir o exemplo realizando paralisações, retardamento da abertura das agências, dentre outras para barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros.