Em meio à visita do presidente venezuelano Nicolás Maduro ao Brasil, muitas reações adversas ao apoio do presidente Lula ao colega venezuelano têm sido vistas. Uma das mais destacadas foi a do presidente chileno, Gabriel Boric, que também esteve no Brasil na ocasião da cúpula dos presidentes da América do Sul em Brasília. Essa posição de Boric é mais um aceno de Boric a seus verdadeiros líderes, os Estados Unidos.
Lula, durante uma coletiva de imprensa ao lado de Maduro, disse que aconselhou ao presidente venezuelano que lutasse contra as mentiras ditas mundo afora em relação à Venezuela e ao seu governo. Lula disse a Maduro que mostrasse a verdade dos fatos, para mostrar o absurdo que é um país sofrer mais de 900 sanções por puras mentiras contra o seu sistema eleitoral.
Numa leitura contida e regular, Lula não disse nenhum absurdo. As denúncias contra as eleições venezuelanas foram todas enterradas. O próprio povo venezuelano saiu em defesa do governo. Maduro enfrenta uma oposição violenta e munida pelo imperialismo norte-americano e europeu.
O Reino Unido, por exemplo, reteve o acesso da Venezuela ao seu próprio ouro que está depositado em Londres. Esse é um verdadeiro atentado aos direitos humanos do povo venezuelano, impedindo-o de ter acesso a tão valioso recurso mesmo durante a severa pandemia do coronavírus.
Ou seja, o que Lula defendeu foi o direito básico de Maduro de se defender contra calúnias e políticas criminosas contra seu governo e país. Não há nada de radical ou fora da caixinha, é algo, como Lula bem disse, que o próprio presidente brasileiro sofreu aqui durante o processo da Lava Jato.
Contudo, como o imperialismo não pode permitir o mínimo de reordenamento da normalidade, ele usa de seus cães histéricos para tentar abafar da opinião pública o restabelecimento da verdade. Antes mesmo que Maduro pudesse seguir o conselho de Lula, esses cães passaram a latir alto.
Um deles foi Gabriel Boric, presidente do Chile. Como ele possui a imagem de ser um político mais à esquerda, é o fantoche perfeito da Casa Branca para manter o desequilíbrio na América do Sul, que, agora, tenta se reorganizar para se fortalecer como bloco.
Boric, em resposta a Lula, disse que a questão venezuelana “não é uma questão de narrativa. É uma coisa real e é séria. Exige uma posição firme e clara de que direitos humanos devem ser respeitados sempre”, disse o presidente chileno. Ora, se Boric está tão preocupado com as garantias dos direitos humanos, ele deveria responder à repressão que seu governo fez a estudantes e índios chilenos recentemente. Como um belo funcionário do imperialismo, Boric usa da demagogia para colar na testa de seus inimigos a política que eles mesmo propaga.
Ninguém vê Boric denunciar as ações do imperialismo contra a Venezuela, conforme fez Lula. É essa atitude que diferencia um verdadeiro líder da esquerda de um falso esquerdista, que tenta confundir seu povo com pautas identitárias. E por isso que Boric é agraciado pelos meios de comunicação burgueses mundo afora, enquanto que Lula já começa a sofrer uma ofensiva. Esse caso ajuda a mostrar quando um político está atendendo à política do imperialismo e quando não está.
É preciso de uma vez por todas denunciar essas figuras que são verdadeiros fantoches do imperialismo. Não são de esquerda, são contra os trabalhadores. Usam do identitarismo promovido pelos EUA para enganar o povo e atuar contra seus anseios.
