Enquanto a extrema-direita brasileira, através do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o filho do ex-presidente encarregado pelas relações internacionais no campo do fascismo, se organiza, a esquerda brasileira continua na inércia assistindo esses reacionários se reorganizarem a reboque do imperialista Joe Biden.
Jair Bolsonaro, apesar dos diversos problemas que terá que enfrentar na justiça burguesa que o turbinou e lhe usou para derrotar o PT e agora pode ser cassá-lo, se no futuro o ex-presidente não vier a ser novamente usado para conter o progresso do governo federal, se encontra com políticos do partido reacionário português, o Chega, a terceira força política em Portugal com representação parlamentar na assembleia.
O objetivo da extrema-direita é combater a esquerda e os movimentos populares, além de não deixar de forma alguma o governo Lula deslanchar. Intitulado Formação Conservadora, o movimento de reorganização fascista de Jair Bolsonaro se apresenta como “um movimento conservador preparado para retomar espaços, enfrentar as mentiras da esquerda e resgatar o Brasil”. Resgatar o Brasil aí leia-se entregá-lo totalmente para o regime neoliberal, cujos objetivos seriam acabar definitivamente com os poucos direitos trabalhistas, com a educação pública, a saúde, as estatais e toda riqueza nacional, ou seja, um movimento reacionário que levaria o país ao um estágio de semicolônia dos Estados Unidos.
Segundo Eduardo Bolsonaro, o porta-voz desse movimento reacionário,
“A esquerda dominou todos os setores da nossa sociedade, desde as escolas e universidades, até a grande mídia, infiltrando-se e criando uma rede de manipulação da opinião pública. Fazendo valer a máxima de que uma minoria organizada sempre dominará a maioria desorganizada. Vimos que apenas vencer uma eleição não foi suficiente e que o poder político é um reflexo do domínio cultural estabelecido pela esquerda. Para impedir que o Brasil continue sendo destruído, precisamos construir uma estrutura pensando a longo prazo e formar pessoas capazes de retomar os espaços não só na política, mas principalmente na cultura”.
A extrema-direita bolsonarista segue a cartilha do líder dela internacionalmente, o americano Steve Bannon, que defende o retorno de Bolsonaro à presidência depois do mandato de Lula.