A delegação do Partido da Causa Operária que está em Havana para participar do Encontro Internacional de Solidariedade a Cuba e o anti-imperialismo, a 200 anos da Doutrina Monroe, entre os dias 29 de abril e 2 de maio foi comunicado pela organização do event de que a tradicional marcha de 1º de Maio foi cancelada.
A marcha nacional, que envolve a participação de trabalhadores do país inteiro, já havia sido cancelada por conta da crise de combustíveis que atinge Cuba. A marcha seria realizada por municípios para que não fosse necessário o gasto de combustíveis não fosse tão grande. Agora, graças a uma forte tempestade que atingiu Havana neste domingo (30), com previsão de que se repita nesta segunda-feira, a organização do evento decidiu por cancelar também a marcha municipal, que será adiada para o próximo dia 5 de maio.
A manifestação estava prevista para ocorrer no famoso cartão postal de Cuba, o Malecon havaneiro. Com a tempestade deste domingo, as ruas, que acompanham a orla do litoral, alagaram e algumas estruturas foram derrubadas pelos fortes ventos.
Embora a marcha tenha sido cancelada, a programação do Encontro continua. No primeiro dia, as delegações visitaram sindicatos e bairros populares. Neste domingo, visitaram preciso e bairros históricos de Havana. Até dia 2 estão previstas algumas atividades, incluindo uma grande ato de solidariedade a Cuba.
E é justamente de muita solidariedade revolucionária que precisa Cuba. O país sofre com o bloqueio criminoso do imperialismo, em especial norte-americano. Todos os efeitos desse bloqueio estão visíveis em Havana, desde as dificuldades para garantir serviços de infraestrutura até produtos de primeira necessidade.
O cancelamento do desfile de 1º de Maio é um efeito nefasto desse bloqueio. A falta de combustíveis se deve às dificuldades que alguns países fornecedores, entre o seleto grupo que rompe o bloqueio para fornecer a Cuba, também estão passando.
O bloqueio é um crime contra o povo cubano, é um atentado aos tais direitos humanos que o imperialismo cinicamente diz defender quando é de seu interesse. Porém, cada vez mais o mundo sabe que os maiores violadores dos direitos humanos são os países imperialistas, em primeiro lugar os Estados Unidos.
É nesse espírito de solidariedade à revolução, mas em primeiro lugar ao próprio povo cubano, que a delegação do PCO participa do evento em Havana. Mais do que denunciar incansavelmente o bloqueio imperialista em nossa imprensa, temos o deve de realizar todas as ações que forem necessários, unindo forças contra o imperialismo.
A derrota do bloqueio será uma vitória dos povos e trabalhadores do mundo todo. Será um golpe profundo contra o imperialismo.