Durante o ato público em apoio ao povo palestino que ocorreu no último sábado (4), na Avenida Paulista, em São Paulo, o Partido da Causa Operária (PCO) se destacou com o maior bloco da manifestação. O Partido arrastou centenas de companheiros atrás de seu carro de som, que foi o único durante todo o protesto. Junto ao carro de som, uma bateria composta por dezenas de integrantes – a Bateria Zumbi dos Palmares – gritava a todo instante palavras de ordem em defesa do povo árabe que está vivendo um verdadeiro martírio.
O bloco do PCO se formou após um trabalho intenso de convocação por parte do Partido. “Trabalhamos a semana inteira ligando para nossos contatos e fazendo panfletagens, que ocorriam desde 6 horas da manhã em locais de grande fluxo da classe operária”, nos contou Thiago Assad, militante do Partido da Causa Operária no estado de São Paulo.
No dia da manifestação, logo às 14h, duas horas antes do previsto para começar o ato, os militantes do PCO já estavam presentes com sua banca de materiais. O Partido foi o único a trazer cartazes, adesivos e panfletos – aos milhares – para o protesto contra o genocídio provocado por Israel. Entre os dizeres, constavam “Fim do Estado de Israel” e “Abaixo o genocídio de Israel contra os palestinos”.
O que chamou mais a atenção, contudo, foram os materiais do Movimento de Resistência Islâmica – o famoso Hamas. As bandeiras e camisas do grupo armado palestino se esgotaram por volta das 17h, quando a passeata ainda estava começando. “Acabou tudo”, disse Luan Monteiro, militante do PCO que veio do Rio de Janeiro para ajudar na banca do Partido, a um senhor interessado no material dos guerrilheiros.
Assim como Luan Monteiro, companheiros de vários outros estados vieram para participar do bloco do PCO. “Viemos de todos os lugares para demonstrar o nosso apoio à luta armada do povo palestino”, declarou Victor Assis, militante do PCO que veio de Recife, Pernambuco. Companheiros do Rio Grande do Sul, do Paraná, do Amazonas, de Minas Gerais e de Brasília também marcaram presença.
Na medida em que o ato foi enchendo, a Bateria Zumbi dos Palmares foi envolvendo mais e mais pessoas em seus gritos de guerra. “Estado de Israel, Estado assassino! E viva a luta do povo palestino” foi, de longe, o grito mais entoado. Outro, no entanto, cantado muitas vezes com ainda mais energia, foi: “olê, olê, olê, olá, Hamas, Hamas!”, fazendo uma justa homenagem aos heróis da luta pela libertação do povo palestino.
Conforme explicado pela imprensa do Partido, a defesa dos grupos guerrilheiros se tornou uma questão decisiva na luta palestina. Afinal, são eles quem estão resistindo na Faixa de Gaza contra o Estado Nazista de Israel.
No auge do ato, os companheiros Henrique Simonard e João Caproni Pimenta, ambos do Comitê Central Nacional do PCO, discursaram para a multidão. João Pimenta, que é alvo de duas covardes notícias-crime protocoladas por parlamentares e figuras públicas bolsonaristas, voltou a pedir palmas para o Hamas.
Durante todo o ato, o carro de som permaneceu com o microfone aberto para quem quisesse falar. Passaram por lá dezenas de pessoas, desde de membros da comunidade árabe a companheiros de outras organizações de esquerda.
No final do ato, os militantes do PCO se juntaram a outros manifestantes na Praça Roosevelt, onde foi queimada uma bandeira de Israel.
