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Adeus mundo multipolar

Blinken sinaliza escalada do conflito entre EUA, China e Rússia

As declarações de Blinken demonstram que o imperialismo não vai aceitar pacificamente sua derrocada, estando disposto a desatar uma 3ª Guerra para manter sua ditadura

Recentemente, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, declarou que a velha ordem mundial chegou a um fim e que, agora, Washington teria que recorrer a uma “posição de força” para “liderar”, manter sua “liderança” mundial.

Segundo Blinken, a antiga ordem de estabilidade, que emergiu com o fim da Guerra Fria, encontra-se ameaçada por uma “crescente competição com poderes autoritários”.

No caso, tais poderes seriam a Rússia e a China. Blinken diz que, no plano imediato, a principal ameaça à ditadura mundial do imperialismo é a Rússia, em razão da guerra na Ucrânia.

Por sua vez, a principal ameaça a longo prazo é a China, que estaria buscando “reformular a ordem internacional, desenvolvendo seu poder econômico, diplomático, militar e tecnológico para esse fim”.

“Pequim e Moscou, através de sua parceria ilimitada, estão trabalhando juntas para tornar o mundo seguro para a autocracia”.

As declarações do secretário de Estado dos EUA apontam para uma intensificação da ditadura imperialista, no sentido de frear as tentativas dos países oprimidos em conquistar sua independência.

Blinken, ao referir-se à liderança dos EUA, deve-se entender sua posição como principal país do bloco imperialista mundial e seu papel predominante em assegurar a ditadura mundial do imperialismo sobre os países oprimidos.

Por sua vez, ao dizer que os EUA deverá liderar por meio de uma “posição de força”, o secretário indica que o imperialismo ianque não pretende recuar diante do avanço dos países oprimidos em direção à independência e que, quando chegar o momento, irá recorrer à força para tentar manter viva a ditadura imperialismo mundial.

E, atualmente, os principais países oprimidos que estão sendo prejudiciais à manutenção da ditadura imperialista são a Rússia e a China.

Já é notório que, nos últimos anos, o imperialismo vem se enfraquecendo progressivamente. Aproveitando-se desse enfraquecimento, os países oprimidos buscam alcançar sua independência.

O ponto de virada que deixou escancarada a fraqueza do imperialismo foi a expulsão do exército ianque do Afeganistão em 2021, dando fim a anos de ocupação militar do país do Oriente Médio. O enfraquecimento do imperialismo ficou claro, pois, do ponto de vista tecnológico, as milícias do Talibã não eram páreas para o todo poderoso exército norte-americano. Mas, como a guerra não é mera questão de tecnologia, sendo um fenômeno político, foi possível a vitória dos guerrilheiros afegãos.

Isto deu o sinal para a Rússia realizar a operação especial na Ucrânia, para evitar o avanço da OTAN contra seu território. O imperialismo, então, lançou uma guerra de procuração contra os russos, utilizando os ucranianos como bucha de canhão. Simultaneamente, implementaram incontáveis sanções contra o gigante do leste europeu.

Apesar disto, o tiro saiu pela culatra. As sanções fizeram o imperialismo europeu mergulhar em profunda crise econômica, pois sua atividade industrial era, em grande parte, dependente do petróleo e do gás Russo. No plano militar, o imperialismo também vem fracassando. Uma derrota definitiva na Ucrânia, deixaria ainda mais clara a debilidade do imperialismo, instando os países oprimidos a avançarem em direção às suas respectivas independências. Em suma, é essa situação que faz como que a Rússia seja a principal ameaça à “ordem mundial” no plano imediato.

Já a longo prazo, o que faz da China a principal ameaça é o seu crescimento capitalista nas últimas décadas. Nos anos 1990, o imperialismo tinha necessidade de enorme quantidade de mão de obra barata para viabilizar a política neoliberal e a atividade do capital financeiro.

Com a ajuda da burocracia chinesa liderada por Deng Xiaoping, o Estado Operário saído da revolução de 1949 foi enterrado de vez, e centenas de milhões de trabalhadores ficaram disponíveis ao capital imperialista, que exportou a maioria de suas fábricas para o país asiático.

Contudo, como a realidade é contraditória, essa exploração imperialista desenfreada permitiu que a China acumulasse capital e desenvolvesse uma indústria própria. Esse crescimento econômico, combinado com o enfraquecimento da ditadura mundial do imperialismo, permite à China investir seu capital excedente nos países oprimidos. Como a China não é imperialista, sua exportação de capital oferece condições mais favoráveis a tais países. Não corresponde à rapina imperialista. Essa situação impulsiona, ao mesmo tempo, um fortalecimento da China e dos demais países atrasados, que veem em si aliados para se livrarem do jugo imperialista. Em suma, é por isto que a China representa a principal ameaça aos EUA, a longo prazo.

Muitos levantaram que toda essa situação estaria empurrando o mundo para uma “multipolaridade”, que resultaria em um mundo mais democrático, como se a ditadura imperialista pudesse ser derrubada mediante reformas.

No entanto, as declarações de Blinken mostra que o imperialismo não irá renunciar ao seu domínio mundial. Apesar de enfraquecido, irá recorrer à força para manter sua liderança, caso seja necessário (e será necessário). Um animal acuado e prestes a morrer torna-se mais agressivo.

E, para impedir sua derrocada, terá de escalar o conflito com a Rússia e com a China, o que poderá resultar em uma nova guerra mundial.

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