O jogador de futebol Karim Benzema, campeão do mundo pela seleção da França e pelo Real Madrid, vem sendo alvo de represálias por sua simpatia à causa palestina. O ministro do Interior, Gérald Darmanin, acusou o jogador de ter ligações com grupos terroristas após o atacante se solidarizar com os mártires da Faixa de Gaza. Pouco tempo depois, a senadora Valérie Boyer, insinuou que Benzema deveria perder a Bola de Ouro e a “nacionalidade” francesa.
Não é fato que Benzema tenha explicitamente apoiado qualquer organização armada palestina. Nem mesmo que Benzema seria ligado á Irmandade Muçulmana é algo comprovado. No entanto, o fato é que Benzema é muçulmano e tem ascendência argelina. E, como tal, conhece de perto as maldades que a França comete contra suas ex-colônias.
O assédio contra Benzema está longe de ser um caso isolado. Há poucos dias, o Mainz 05, time da primeira divisão da Alemanha, afastou o atacante Anwar El Ghazi por criticar Israel e demonstrar apoio à Palestina em suas redes sociais.
O cerco à liberdade de expressão é a consequência direta do acirramento do conflito entre palestinos. Na medida em que aumenta a polarização, o imperialismo vai sendo obrigado a tirar a sua máscara e agir com a máxima brutalidade. E é justamente neste momento em que a oposição política às manobras do imperialismo cresce.
Aos capitalistas, que querem levar adiante uma política de guerra contra todos os povos od mundo, não resta outra opção a não ser cercear cada vez mais a liberdade de expressão.