Nesta terça-feira (27), o Banco Central (BC) publicou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). No documento, a autarquia afirma que pode haver uma revisão da taxa de juros, que está em 13,75%, caso a inflação continue diminuindo.
“A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”, diz.
A posição do Banco Central demonstra sua disposição em sabotar a economia nacional. Apesar de toda a devastação que a taxa de juros mais alta do mundo causa, o BC mantém firme sua posição de não abaixá-la.
Na última quarta-feira (21), o Banco Inter divulgou uma chamada “carta ao mercado” para chamar investimentos, para isso apontou projeções positivas para 2022 e 2023, o que então não justificaria a insistência do Banco Central em manter as altas taxas de juros.
As projeções, que não se limitam às feitas pelo Inter, mostram expectativa de uma inflação com queda para 4,75% ainda em 2022 e não 5,1% segundo medição oficial; e para 2023 o índice seria de 4%.
O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal responsável por zelar pela estabilidade monetária e financeira do país, além de regular o sistema financeiro nacional e emitir a moeda oficial. Sua função não é sabotar o desenvolvimento nacional. Contudo, é isto que vêm sendo feito sob a presidência de Roberto Campos Neto.
Essa situação demonstra que a tal independência do Banco Central é uma miragem. Se há alguma independência, é em relação ao Estado Brasileiro, caso este tenha como presidente da república alguém disposto a seguir uma política nacionalista. O fato é que um Banco Central “independente” é, na realidade, completamente dependente do imperialismo.